04 de fev 2025
Partido de extrema direita francês deve se abster de voto de desconfiança contra premiê
O primeiro ministro François Bayrou aprovou o orçamento de 2025 sem votação, utilizando o artigo 49.3 da Constituição francesa. A medida gerou uma moção de censura da esquerda, mas os socialistas decidiram não apoiá la, garantindo a permanência de Bayrou. O Reagrupamento Nacional, partido de extrema direita, deve se abster de apoiar a moção, o que favorece Bayrou. A crise política na França reflete um Parlamento dividido em três blocos, sem maioria clara. O orçamento prevê cortes de gastos e aumento de impostos para grandes empresas, visando reduzir o déficit público.
Foto: Reprodução
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O partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) da França não deve apoiar um voto de desconfiança contra o primeiro-ministro François Bayrou, que enfrenta uma tentativa de deposição após apresentar um orçamento com cortes de gastos. Jordan Bardella, presidente do RN, afirmou que a decisão final será tomada amanhã, dia da votação. Contudo, mesmo que o RN mude de posição, Bayrou deve permanecer no cargo, já que os socialistas decidiram não apoiar a moção.
Bayrou anunciou a aprovação do orçamento de 2025 sem votação, utilizando o artigo 49.3 da Constituição, devido à falta de maioria no Parlamento. Em sua fala, o premiê destacou que “nenhum país pode sobreviver sem um orçamento”, ressaltando a pressão de líderes empresariais e da União Europeia. A moção de censura contra ele, proposta pela França Insubmissa, deve ser debatida na quarta-feira, mas os socialistas já confirmaram que não votarão a favor.
A situação política na França se agrava desde as eleições legislativas de 2024, com um Parlamento dividido em três blocos: esquerda, centro-direita e extrema-direita. O governo enfrenta o desafio de reduzir o déficit público para 5,4% do PIB em 2025, quase o dobro do limite europeu, com um esforço de 52 bilhões de euros. Para isso, os impostos sobre grandes empresas e os ricos aumentarão, enquanto os gastos do Estado devem cair 2%, marcando a primeira redução nominal em 25 anos.
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