05 de fev 2025
Cristãos na Síria enfrentam incertezas após queda de Bashar al-Assad
A deposição de Bashar al Assad por rebeldes islâmicos levantou preocupações sobre os cristãos. Hay’at Tahrir Sham promete liberdade religiosa, mas relatos indicam discriminação. Em cidades menores, normas islâmicas são impostas, gerando medo entre cristãos. A atenção internacional limita abusos em grandes cidades, mas não em áreas menores. A segurança dos cristãos depende das realidades locais, não de promessas políticas.
Foto: Reprodução
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A recente deposição de Bashar al-Assad por rebeldes islâmicos na Síria, em dezembro, gerou preocupações sobre o futuro da comunidade cristã no país. Embora Assad tenha sido considerado um tirano, seu regime secular não perseguiu o cristianismo, ao contrário de outros governos da região. O grupo Hay’at Tahrir-Sham (HTS), ligado à al-Qaeda, assumiu o controle e levanta apreensões sobre a segurança das minorias religiosas.
Apesar de promessas de liberdade religiosa pela nova liderança, relatos indicam que a falta de uma autoridade central pode resultar em discriminação. Uma fonte da organização Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) mencionou que, embora líderes religiosos tenham recebido garantias de direitos iguais, há casos de imposição de segregação de gênero e uso de véus por parte de islâmicos, especialmente em áreas menores como Homs e Hama.
Em grandes cidades como Damasco e Aleppo, a situação parece mais controlada, em parte devido à pressão internacional. Contudo, em localidades menores, a presença de jihadistas e a imposição de normas religiosas criam um ambiente de medo, levando muitos cristãos a se isolarem e evitarem sair à noite. A insegurança é palpável, com relatos de conversões forçadas e intimidações.
Embora o Vale dos Cristãos, uma região predominantemente cristã, seja considerado pacífico, a mobilidade é restrita e perigosa. Militantes frequentemente montam barreiras e confiscam pertences de não muçulmanos. Assim, as promessas políticas não garantem a segurança da população cristã, refletindo a realidade de que, muitas vezes, a liberdade religiosa é apenas uma formalidade em contextos de opressão.
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