Cristãos e minorias na Síria enfrentam crescente violência e perseguições

A situação dos cristãos e de outras minorias na Síria tem se deteriorado, especialmente com a ascensão de regimes jihadistas. O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, e enfrenta pressão para controlar milícias radicais.

Desde a chegada ao poder do novo regime, a violência contra alauítas e drusos aumentou. Relatos indicam massacres de alauítas na costa mediterrânea e ataques a drusos nos subúrbios de Damasco. Cristãos também têm enfrentado perseguições e atos de violência, embora não se acredite em um extermínio sistemático.

Pressão Internacional

Al-Sharaa, que assumiu a presidência, está sob intensa pressão internacional para agir contra as milícias extremistas. A comunidade cristã na Síria, uma das mais antigas do mundo, é composta majoritariamente por cristãos ortodoxos, além de minorias melquita, maronita, siríaca e armênia. A vila de Maaloula, onde se fala aramaico, é um dos últimos redutos dessa cultura.

O professor Heitor Loureiro lançou recentemente o livro “Genocídio Armênio — História e Disputas Políticas no Presente”, que aborda não apenas o genocídio armênio, mas também outros genocídios contemporâneos. Loureiro é uma referência no estudo da história armênia e tem colaborado em eventos sobre a comunidade armênia no Brasil.

Contexto Histórico

A discussão sobre a terminologia correta para descrever os cristãos armênios, se ortodoxos ou apostólicos, foi um ponto de debate entre especialistas. A professora Monique Sochaczewski, que participou desse debate, destacou a importância de reconhecer a diversidade dentro da comunidade cristã armênia. O livro de Loureiro é recomendado para quem deseja entender melhor essas questões históricas e suas repercussões atuais.