Política

Líbano forma novo governo com foco em reformas e reconstrução após dois anos de crise

O primeiro ministro Nawaf Salam formou um novo governo de 24 ministros no Líbano. O governo visa reformas financeiras e reconstrução após a guerra com Israel. A intervenção dos EUA limitou a influência do Hezbollah na nova administração. O gabinete inclui cinco mulheres e figuras conhecidas, como Ghassan Salame. O governo precisa de voto de confiança do parlamento para implementar suas políticas.

Premier Nawaf Salam em uma declaração à imprensa no palácio presidencial em Baabda, a leste de Beirute (Foto: Presidência do Líbano)

Premier Nawaf Salam em uma declaração à imprensa no palácio presidencial em Baabda, a leste de Beirute (Foto: Presidência do Líbano)

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O primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, anunciou neste sábado a formação de um novo governo, encerrando um interregno de dois anos. Em uma declaração televisionada, Salam destacou que seu Gabinete, composto por 24 ministros, se compromete a ser um "governo de reforma e salvação", visando restaurar a confiança com a comunidade internacional após a guerra devastadora entre Israel e o Hezbollah. O presidente Joseph Aoun assinou um decreto oficializando a nova administração, que enfrenta o desafio de implementar reformas essenciais para desbloquear financiamentos internacionais.

O novo governo inclui cinco mulheres e figuras proeminentes, como Ghassan Salame, ex-enviado da ONU para a Líbia. A administração terá a responsabilidade de supervisionar um frágil cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, além de reconstruir o país após anos de crise econômica. A formação do governo foi marcada por mais de três semanas de negociações entre partidos rivais, com a influência do Hezbollah sendo um ponto crítico, especialmente em relação à escolha dos ministros xiitas.

A intervenção dos Estados Unidos foi um fator significativo nesse processo, com o governo americano expressando que a participação do Hezbollah no novo gabinete era uma "linha vermelha". O enviado adjunto do Oriente Médio, Morgan Ortagus, agradeceu a Israel por seus ataques ao grupo, o que gerou protestos no Líbano. Apesar da pressão, o aliado do Hezbollah, o partido Amal, conseguiu nomear quatro ministros, incluindo o novo ministro das Finanças, Yassin Jaber.

Agora, o novo governo deve elaborar uma declaração de políticas, que delineará suas prioridades e abordagens, e buscará um voto de confiança do parlamento libanês para ser plenamente legitimado. A eleição de Aoun e a nomeação de Salam refletem uma mudança significativa no equilíbrio de poder no Líbano, especialmente após os recentes reveses do Hezbollah e a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria.

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