Política

Líbano: cinco décadas após o 'Domingo Negro', país ainda enfrenta crise e desesperança

Líbano enfrenta nova crise em meio a bombardeios israelenses e um movimento jovem que busca reformar o Estado e superar a herança da guerra civil.

Militares franceses patrulham área em Beirute, no Líbano, durante a guerra civil no país, em 1983 (Foto: Philippe Bouchon - 31.out.1983/AFP)

Militares franceses patrulham área em Beirute, no Líbano, durante a guerra civil no país, em 1983 (Foto: Philippe Bouchon - 31.out.1983/AFP)

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Em 13 de abril de 1975, a guerra civil do Líbano teve início com ataques a uma igreja em Beirute, resultando em quatro mortes. O conflito se estendeu por quinze anos, causando 150 mil mortos e quase 1 milhão de refugiados. Cinquenta anos depois, o país ainda enfrenta um sistema político ineficaz e uma economia em colapso.

O historiador Murilo Meihy, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que a memória do conflito varia conforme a perspectiva. Cristãos maronitas e palestinos se culpam mutuamente pelos eventos que desencadearam a guerra. O Líbano, sob influência francesa, adotou um sistema político confessional que perpetuou divisões religiosas e políticas, alimentando a formação de milícias.

Após o fim da guerra em 1990, os problemas estruturais persistiram. O país viveu um ciclo de violência, incluindo o assassinato do premiê Rafic Hariri em 2005 e uma nova guerra entre Hezbollah e Israel em 2006. A explosão no porto de Beirute em 2020 agravou a crise econômica, considerada uma das piores do mundo.

Atualmente, em 2023, as hostilidades entre Hezbollah e Israel se intensificaram, com bombardeios israelenses devastando partes do Líbano. Um movimento jovem busca reformar o Estado, propondo a remoção da afiliação religiosa dos documentos oficiais e a possibilidade de casamentos inter-religiosos. Contudo, interesses particulares ainda dificultam a reconstrução do país.

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