Política

Milei se inspira em Trump e Musk para radicalizar agenda conservadora na Argentina

O governo argentino, sob Javier Milei, se alinha à agenda conservadora de Trump. Milei anunciou a saída da OMS e avalia deixar o Acordo de Paris, afetando acordos comerciais. O presidente promove restrições a minorias e desregulação do Estado, inspirando se em Elon Musk. A proximidade com Trump e Musk fortalece a imagem de Milei como líder conservador global. Medidas podem consolidar apoio, mas afastam moderados, arriscando sua base eleitoral.

O presidente da Argentina, Javier Milei, se reúne com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Foto: Divulgação/Presidência da Argentina)

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Nesta semana, o governo argentino, sob a liderança do presidente Javier Milei, anunciou sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS) e começou a restringir direitos de algumas minorias. Além disso, Milei confirmou que está avaliando a retirada do Acordo de Paris, uma decisão que pode comprometer o acordo do Mercosul com a União Europeia. Desde a eleição de Donald Trump, Milei intensificou o que ele chama de "Guerra Cultural", alinhando-se à agenda conservadora do ex-presidente dos EUA.

Milei, que se apresentou como um aliado dos Estados Unidos e de Israel durante sua campanha, tem replicado iniciativas de Trump, como a saída da OMS. Ele também planeja processar o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no Tribunal Internacional de Haia, acusando-o de crimes contra a humanidade devido ao prolongamento do confinamento durante a pandemia. O cientista político Cristian Buttié observa que Milei busca se afirmar como um líder internacional das ideias de liberdade, distanciando-se de discussões sobre democracia.

O governo argentino está prestes a eliminar mais de 50 órgãos estatais, refletindo uma desregulação que Milei promove. Ele se aproxima de figuras como Elon Musk, buscando inspiração para suas políticas. A próxima viagem de Milei a Washington para a Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) reforça sua conexão com Trump e Musk, permitindo que ele amplifique sua mensagem política. Contudo, essa estratégia pode prejudicar as relações bilaterais tradicionais da Argentina, priorizando laços pessoais com empresários.

Milei também está considerando retirar a Argentina da Comissão de Direitos Humanos da ONU e implementar restrições à imigração, como a proibição de acesso de estrangeiros a serviços públicos. Além disso, ele planeja mudanças na legislação de gênero e no Código Penal, seguindo a linha conservadora de Trump. Embora tenha uma base de apoio, a radicalização de suas políticas pode afastar eleitores moderados, colocando em risco sua popularidade e as eleições legislativas de outubro, que são cruciais para sua agenda de reformas.

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