Política

Estrategista de Milei pesquisa aceitação de autoritarismo entre argentinos

Javier Milei é um fenômeno político na América Latina, com forte popularidade. Críticas surgem por cortes em direitos humanos e pesquisa sobre regime autoritário. Juiz ordena manutenção de espaços de memória, desafiando iniciativas de Milei. A agenda econômica de Milei atrai atenção, mas gera preocupações democráticas. Oposição teme que vitória nas eleições amplie tendências autoritárias no governo.

Presidente da Argentina, Javier Milei, durante reunião de cúpula do G20 (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)

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O presidente da Argentina, Javier Milei, tem se destacado como um fenômeno político na América Latina, apresentando resultados econômicos que atraem a atenção internacional. Após ser recebido com entusiasmo na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Milei se tornou uma das principais atrações do Fórum Econômico de Davos, na Suíça. Sua agenda econômica tem fortalecido sua imagem tanto no exterior quanto em seu país, onde enfrenta uma oposição debilitada. As pesquisas indicam que ele pode aumentar seu poder nas eleições legislativas de 26 de outubro.

Entretanto, a administração de Milei não se limita à economia. Apesar de seu sucesso fiscal e esforços para combater a inflação, há preocupações sobre sua abordagem em relação à democracia e aos direitos humanos. O governo tem cortado recursos da Secretaria de Direitos Humanos e considera fechar espaços de memória, como o museu da Escola de Mecânica da Marinha (Esma), um importante símbolo da repressão durante a ditadura. Além disso, o estrategista Santiago Caputo encomendou uma pesquisa questionando se os argentinos prefeririam um regime autoritário com bons resultados econômicos.

Na rede social X (ex-Twitter), Caputo, que utiliza o usuário @MileiEmperador, menciona a ideia de um regime “imperial libertário”, inspirando-se em líderes como Viktor Orbán e Nayib Bukele. O receio entre a oposição é que, caso Milei vença as eleições de forma contundente, ele possa adotar uma postura mais autoritária. Embora o foco atual esteja na economia, gestos como a pesquisa encomendada por Caputo levantam especulações sobre os planos futuros do presidente.

Recentemente, os cortes orçamentários e as tentativas de fechamento de museus enfrentaram resistência judicial. O juiz federal Ariel Lijo ordenou que a Secretaria de Direitos Humanos assegurasse o funcionamento do espaço de memória da Esma, em resposta a uma denúncia da vereadora kirchnerista Victoria Montenegro. A Argentina, com mais de 40 anos de democracia, possui instituições robustas e um sistema judiciário que, por enquanto, se mostra comprometido com a defesa dos direitos humanos, indicando que a luta por esses direitos está apenas começando.

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