22 de fev 2025
Milei tenta reverter crise ao apoiar tarifas de Trump e criticar ONGs na CPAC
Javier Milei, presidente argentino, enfrenta críticas por escândalo de criptomoeda. Durante a CPAC, Milei anunciou adesão à política de tarifas recíprocas de Trump. Ele criticou o Mercosul, alegando que impede acordos comerciais com os EUA. Milei endossou teorias de fraude eleitoral no Brasil, buscando apoio da direita. A pobreza na Argentina atinge 52,9% da população, apesar da queda da inflação.
Foto: Reprodução
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O presidente da Argentina, Javier Milei, endossou teorias sem provas sobre fraudes eleitorais no Brasil, buscando fortalecer sua imagem em meio a um cenário de crise interna. Segundo Carolina Pavese, professora de Relações Internacionais, essa estratégia surge após Milei enfrentar ameaças de impeachment e críticas por sua política de criptomoedas, que impactou negativamente a economia argentina. A retórica de Milei, que se alinha com a agenda de Jair Bolsonaro, visa mobilizar suas bases e simular uma proximidade com Donald Trump, embora essa aliança pareça mais um desejo do que uma realidade concreta.
Durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), Milei anunciou sua intenção de ser o primeiro país a aderir à política de tarifas recíprocas proposta por Trump, que visa igualar tarifas alfandegárias entre os países. Ele criticou o Mercosul como um obstáculo para um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, afirmando que, sem essa limitação, a Argentina já estaria negociando um acordo mutuamente benéfico. A declaração foi recebida com aplausos, refletindo sua tentativa de se posicionar como um líder liberal em um momento de vulnerabilidade.
Milei também atacou a Usaid, acusando-a de má administração e associando-a a fraudes eleitorais, uma narrativa que ressoa com a direita e serve para mobilizar seus apoiadores. Ele defendeu a formação de uma "internacional de direita" para enfrentar o que chamou de "casta política". Em seu discurso, Milei se comparou a Trump, afirmando que ambos são vistos como ameaças à democracia, mas que, na verdade, representam um perigo para aqueles que se beneficiam do poder estatal.
Apesar de promessas de redução da inflação, a pobreza na Argentina atinge 52,9% da população. Milei, que se autodenomina um "outsider", criticou a classe política e defendeu a diminuição do Estado, chamando-o de "câncer metastático". Ele argumentou que a era do Estado onipresente chegou ao fim e que uma nova era de liberalismo está surgindo, enfatizando a necessidade de desmantelar o sistema atual que, segundo ele, perpetua problemas para manter privilégios.
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