Política

Israelenses enfrentam investigações por supostos crimes de guerra em viagem ao exterior

Yuval Vagdani, reservista israelense, fugiu do Brasil após investigação por crimes de guerra. A Hind Rajab Foundation acusa Vagdani de demolir casas em Gaza, usando redes sociais como evidência. O conceito de "jurisdição universal" permite processar crimes graves em qualquer país. Israel intensificou restrições nas redes sociais para militares após as acusações. A fundação já fez várias queixas em mais de dez países, mas sem prisões até agora.

Soldados israelenses observam a Faixa de Gaza de um tanque, visto do sul de Israel, na sexta-feira, 19 de janeiro de 2024. (Foto: AP Photo/Maya Alleruzzo, File)

Soldados israelenses observam a Faixa de Gaza de um tanque, visto do sul de Israel, na sexta-feira, 19 de janeiro de 2024. (Foto: AP Photo/Maya Alleruzzo, File)

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Um reservista do exército israelense, Yuval Vagdani, teve suas férias dos sonhos no Brasil interrompidas em janeiro de 2024 devido a uma acusação de crimes de guerra na Faixa de Gaza. No dia 4 de janeiro, ele recebeu alertas urgentes de familiares e do Ministério das Relações Exteriores de Israel, informando que um grupo jurídico pró-Palestino convenceu um juiz federal brasileiro a abrir uma investigação sobre sua suposta participação na demolição de casas civis em Gaza. Temendo as consequências da jurisdição universal, que permite a países processar indivíduos por crimes graves independentemente de onde ocorreram, Vagdani deixou o Brasil no dia seguinte.

A acusação contra Vagdani foi apresentada pela Hind Rajab Foundation, uma organização legal da Bélgica, que se baseou em dados de geolocalização e postagens nas redes sociais do reservista. Imagens dele em uniforme em Gaza e um vídeo de uma explosão de edifícios, onde soldados podem ser ouvidos comemorando, foram utilizados como evidência. Vagdani, que sobreviveu ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, descreveu a acusação como "uma bala no coração".

A jurisdição universal não é um conceito novo e está respaldada pelas Convenções de Genebra de 1949, que exigem que os países signatários processem criminosos de guerra. Embora a Hind Rajab tenha feito várias queixas em mais de dez países, resultando em restrições de uso de redes sociais para militares israelenses, até agora não houve prisões. O diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Eden Bar-Tal, minimizou as tentativas de prisão, considerando-as uma manobra de relações públicas de "organizações terroristas".

A utilização de redes sociais tem facilitado a coleta de provas por grupos legais. Embora a jurisdição universal tenha suas limitações, como a exigência de nacionalidade ou presença no país para investigações, a Hind Rajab Foundation se comprometeu a continuar sua luta legal, afirmando que não há prazo de prescrição para crimes de guerra.

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