Política

Egito propõe plano de reconstrução para Gaza sem participação do Hamas

A guerra em Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, já causou mais de 48 mil mortes. O Egito propõe um plano de reconstrução que exclui o Hamas do governo local. Países árabes, como Emirados Árabes Unidos e Catar, se preparam para financiar a recuperação. O Hamas reafirma que não desarmará e pode crescer após a guerra, complicando a situação. A Autoridade Palestina não apoia o plano egípcio, temendo divisão entre territórios palestinos.

"Faixa de Gaza segue no centro das tensões entre Israel e Hamas, em meio ao cessar-fogo (Foto: Amir Levy/Getty Images)"

"Faixa de Gaza segue no centro das tensões entre Israel e Hamas, em meio ao cessar-fogo (Foto: Amir Levy/Getty Images)"

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O Egito anunciou, nesta segunda-feira, 17, a elaboração de um plano para a reconstrução de Gaza, excluindo formalmente o Hamas do governo local. A proposta, desenvolvida em parceria com o Banco Mundial, visa criar um comitê temporário composto por tecnocratas independentes e representantes da sociedade civil, sem a participação de membros do Hamas. Essa iniciativa surge como uma alternativa ao plano de Donald Trump, que propôs transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”. Contudo, o futuro status militar do Hamas não foi abordado, o que pode dificultar o apoio de Israel.

Com 65% das construções em Gaza destruídas, a reconstrução pode levar de três a cinco anos. Países árabes, como os Emirados Árabes Unidos e o Catar, estão se preparando para oferecer apoio financeiro, desde que os palestinos não sejam forçados a se deslocar para o Egito ou a Jordânia. A questão da segurança para Israel permanece sem solução, e a Arábia Saudita deve sediar uma cúpula em 27 de fevereiro para discutir alternativas ao plano de Trump. O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, enfatizou que os interesses do povo palestino devem prevalecer sobre os do Hamas.

A guerra em Gaza completa 500 dias desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultando em mais de 48 mil mortes palestinas e cerca de 1.200 mortos em Israel. Embora um cessar-fogo tenha sido estabelecido há um mês, sua continuidade é incerta, com a possibilidade de retomada dos combates. A análise da Associated Press destaca a devastação, com 90% da população de Gaza deslocada e mais de 245 mil unidades habitacionais danificadas ou destruídas.

Um porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, afirmou que o grupo não desarmará e pode até se fortalecer após a guerra. Ele advertiu países contra a cooperação com Israel em Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou que não haverá espaço para o Hamas ou a Autoridade Palestina após o conflito. A situação continua tensa, com o Hamas se recusando a discutir sua desmilitarização, o que pode complicar futuras negociações e a possibilidade de um governo palestino legítimo em Gaza.

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