Política

Egito lidera plano de US$ 53 bilhões para reconstruir Gaza e retomar controle da Autoridade Palestina

Estados árabes, liderados pelo Egito, aceitam plano de $53 bilhões para Gaza. Proposta visa reconstrução até 2030, mas ignora governança e futuro do Hamas. Israel critica plano, exigindo liberação de reféns antes de qualquer ajuda. Eleições palestinas podem ocorrer em um ano, se condições forem favoráveis. Proposta inclui criação de fundo supervisionado pelo Banco Mundial para financiamento.

"O presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi posa para uma foto com líderes enquanto o Egito sedia uma cúpula árabe de emergência para discutir os desenvolvimentos palestinos, na Nova Capital Administrativa do Egito, no Cairo, em 4 de março de 2025. (Foto: Egyptian Presidency | Via Reuters)"

"O presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi posa para uma foto com líderes enquanto o Egito sedia uma cúpula árabe de emergência para discutir os desenvolvimentos palestinos, na Nova Capital Administrativa do Egito, no Cairo, em 4 de março de 2025. (Foto: Egyptian Presidency | Via Reuters)"

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Os países árabes liderados pelo Egito aceitaram um plano para a reconstrução de Gaza, denominado "plano árabe abrangente," em resposta à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visa transformar a região na "Riviera do Oriente Médio." A Casa Branca rejeitou o plano árabe, afirmando que ele não aborda a realidade de que Gaza é atualmente inhabitável, conforme declarado pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes. O plano árabe, que requer US$ 53 bilhões para a reconstrução, foi apresentado em uma cúpula de emergência em Cairo e busca marginalizar o Hamas, propondo o controle da Autoridade Palestina na região.

O documento de quase 100 páginas, chamado "Gaza 2030," foi revisado por estados árabes e pede apoio internacional para sua implementação. Embora não especifique quem financiará o projeto, há expectativa de contribuições de países europeus e estados do Golfo, como Arábia Saudita e Catar. No entanto, o plano enfrenta críticas por não responder a questões cruciais sobre governança e o futuro do Hamas. Paul Musgrave, professor da Universidade de Georgetown, destacou que o plano pode ser uma "documento maravilhoso," mas não é uma proposta séria devido à falta de respostas sobre a aceitação do Hamas e a disposição de Israel para um acordo político.

Israel criticou o plano, afirmando que ele não considera as realidades atuais e condicionou qualquer ajuda à liberação de todos os reféns israelenses pelo Hamas. A cúpula também apoiou a realização de uma conferência internacional para a reconstrução de Gaza, programada para este mês em Cairo, em colaboração com a ONU. Os estados árabes anunciaram a criação de um fundo fiduciário supervisionado pelo Banco Mundial para receber promessas financeiras de países doadores.

O plano de reconstrução é dividido em três fases, com um custo total de US$ 53 bilhões. A primeira fase, de seis meses, custará US$ 3 bilhões e focará na remoção de escombros, com a construção de abrigos temporários para 1,5 milhão de pessoas. A segunda fase, de dois anos, custará US$ 20 bilhões e incluirá a construção de unidades habitacionais para 1,6 milhão de pessoas. A terceira fase, de dois anos e meio, custará US$ 30 bilhões e visa acomodar mais 1,2 milhão de pessoas, totalizando a capacidade para 3 milhões. O plano não menciona o futuro do Hamas, mas propõe uma administração transitória composta por tecnocratas. Os estados árabes também pediram a realização de eleições presidenciais e legislativas em todas as áreas palestinas dentro de um ano, caso as condições sejam favoráveis. Um oficial político do Hamas declarou que o grupo apoia as eleições, considerando-as uma oportunidade para que o povo palestino escolha sua liderança.

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