Política

Líderes europeus se reúnem em Paris e rejeitam 'paz ditada' para a Ucrânia

Líderes europeus se reuniram em Paris para discutir a guerra na Ucrânia. Rejeitaram uma "paz ditada" e pediram inclusão da Ucrânia nas negociações. Polônia e países do Leste exigem mais investimentos em segurança regional. Premier britânico propôs enviar tropas para força de manutenção de paz. Ucrânia busca garantias de segurança para dialogar com Putin.

Presidente da França, Emmanuel Macron, após encontro de emergência de líderes europeus em Paris (Foto: Ludovic MARIN / AFP)

Presidente da França, Emmanuel Macron, após encontro de emergência de líderes europeus em Paris (Foto: Ludovic MARIN / AFP)

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Na véspera de uma reunião entre representantes dos Estados Unidos e da Rússia sobre a guerra na Ucrânia, líderes europeus se reuniram em Paris para afirmar que qualquer proposta de resolução deve incluir a participação dos ucranianos. Convocados pelo presidente francês, Emmanuel Macron, os líderes enfatizaram que não aceitarão uma "paz ditada" por Washington e Moscou, conforme destacou o chanceler alemão, Olaf Scholz. Ele reiterou o compromisso europeu com a Ucrânia, afirmando: "Nós continuaremos a apoiar a Ucrânia, a Ucrânia pode continuar a confiar em nós."

A ausência da Ucrânia na reunião em Riad gerou preocupações, especialmente após conversas entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. Representantes do governo americano, como o secretário de Defesa, Pete Hegseth, indicaram que a devolução das terras ocupadas pela Rússia pode não ser uma prioridade, e a adesão da Ucrânia à OTAN é considerada inviável. Trump, por sua vez, minimizou a possibilidade de um conflito entre a Rússia e a OTAN, enquanto seu vice, J.D. Vance, destacou que a maior ameaça à Europa não é Moscou, mas sim o "afastamento dos valores democráticos".

Os líderes europeus, cientes da nova dinâmica nas relações transatlânticas, discutiram a necessidade de aumentar seus próprios gastos com defesa. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, mencionou que a Polônia já investe 4,7% do PIB em defesa, superando a meta da OTAN de 2%. A pressão para que países como Alemanha e França também contribuam mais para a segurança coletiva foi um ponto central das discussões. Além disso, a Ucrânia solicitou "garantias de segurança" para iniciar um diálogo com Putin, um pedido que foi abordado pelos líderes europeus.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou disposição para enviar tropas britânicas como parte de uma força de manutenção de paz, mas essa ideia não é amplamente apoiada. Scholz e o premier espanhol, Pedro Sánchez, consideraram prematuro discutir o envio de tropas, enquanto a premier dinamarquesa, Mette Frederiksen, destacou a urgência de fornecer apoio à Ucrânia. Tusk, por sua vez, enfatizou a necessidade de investimentos em segurança para os países do Leste Europeu, afirmando que, se a União Europeia não consegue se defender, não pode oferecer garantias a outros. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou que a Ucrânia merece paz por meio da força e que a Europa deve reforçar sua defesa.

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