Política

Israel intensifica a operação Muro de Ferro após deslocar 15 mil refugiados de Yenín em um mês

A operação militar israelense em Yenín já deslocou 40 mil pessoas na Cisjordânia. A ONU considera essa a ação mais longa desde a Segunda Intifada (2000 2005). Três batalhões israelenses foram enviados após explosões em Tel Aviv, sem vítimas. A destruição de infraestrutura em Yenín gera perdas econômicas diárias de R$ 5,4 milhões. A violência e os deslocamentos forçados intensificam a crise humanitária na região.

"Um dos acessos ao campo de refugiados de Yenín, onde o exército de Israel realiza uma intensa operação militar há quase cinco semanas, em 13 de fevereiro. (Foto: Luis de Vega)"

"Um dos acessos ao campo de refugiados de Yenín, onde o exército de Israel realiza uma intensa operação militar há quase cinco semanas, em 13 de fevereiro. (Foto: Luis de Vega)"

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A situação no campo de refugiados de Yenín, no norte da Cisjordânia, se agrava sob a constante vigilância de drones israelenses. Nos últimos cinco semanas, cerca de 40.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas devido a uma operação militar israelense, considerada pela ONU a mais longa desde a Segunda Intifada. A operação, que começou em 21 de janeiro, resultou na morte de uma menina de 13 anos e na expulsão de 15.000 moradores de Yenín, que agora se encontram em centros de acolhimento ou com familiares.

O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, anunciou o envio de mais três batalhões à região, justificando a ação como uma luta contra o terrorismo. As tropas estão demolindo ruas e casas, buscando desmantelar o que chamam de "bastões do terrorismo". O governador de Yenín, Kamal Abu Al Rub, descreve a operação como a mais agressiva até agora, com perdas econômicas diárias estimadas em 20 milhões de séqueles (aproximadamente 5,4 milhões de euros) e uma taxa de desemprego de 55%.

As histórias de famílias deslocadas revelam um panorama de dor e perda. Saleh Shreim, um dos deportados, carrega a memória de seu filho, um combatente morto em 2023, enquanto enfrenta a realidade de controles militares e destruição. A UNRWA denuncia que as operações israelenses tornaram os campos de refugiados do norte da Cisjordânia inabitáveis, com mais de 60% dos deslocamentos ocorrendo sem ordens judiciais.

Os relatos de moradores como Mohammad Jabarin e Thaer Alaqmeh refletem a luta pela sobrevivência em meio ao caos. Jabarin, que perdeu filhos para a violência, expressa seu desejo de que seus filhos não sigam o caminho da resistência armada. Alaqmeh, que vive em um centro de acolhimento, afirma que, apesar das adversidades, nunca abandonará o campo de refugiados. A situação em Yenín continua a ser um símbolo da complexa e violenta realidade da ocupação israelense.

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