Política

República Democrática do Congo rejeita diálogo direto com rebeldes do M23

O Primeiro Ministro congolês, Judith Suminwa Tuluka, rejeita diálogo com o M23. Conflito resultou em mais de 8.500 mortes e centenas de milhares de deslocados. Ruanda é acusada de apoiar o M23 e nega retirada de suas tropas do Congo. Sanções dos EUA e suspensão de consultas pela Comissão Europeia pressionam Ruanda. Tuluka afirma que a solução passa pela retirada das tropas rwandesas e cessar fogo.

Desde janeiro, os rebeldes do M23 fizeram grandes avanços no leste da República Democrática do Congo (Foto: AFP)

Desde janeiro, os rebeldes do M23 fizeram grandes avanços no leste da República Democrática do Congo (Foto: AFP)

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A República Democrática do Congo (RDC) reafirmou sua decisão de não realizar negociações diretas com o grupo rebelde M23, apesar da crescente pressão internacional. O governo do Reino Unido, na semana passada, pediu que o M23 participasse de um "diálogo inclusivo" para buscar uma solução política para o conflito. Em entrevista à BBC, a primeira-ministra da RDC, Judith Suminwa Tuluka, afirmou que o foco do governo é negociar com Ruanda, a quem acusa de apoiar o M23. Desde o início dos combates em janeiro, pelo menos 8.500 pessoas foram mortas e centenas de milhares foram deslocadas.

Suminwa Tuluka citou um relatório de especialistas da ONU que indicou a presença de 3.000 a 4.000 soldados ruandeses em território congolês, lutando ao lado do M23. As conversações de paz mediadas por Angola chegaram a um impasse em dezembro, após Ruanda exigir que o governo congolês dialogasse diretamente com o M23. O grupo rebelde avançou rapidamente, tomando as cidades de Goma e Bukavu em janeiro e fevereiro. Recentemente, líderes regionais pediram um cessar-fogo e a retirada de "forças armadas estrangeiras não convidadas".

A pressão sobre Ruanda para retirar suas tropas está aumentando, com a primeira-ministra da RDC apoiando as sanções dos EUA contra o ministro ruandês James Kabarebe. A Comissão Europeia suspendeu "consultas de defesa" e revisou um memorando de entendimento com Ruanda sobre matérias-primas, citando a exploração ilegal de recursos como uma das causas do conflito. O governo ruandês, por sua vez, considerou as sanções "injustificadas" e "ineficazes".

Suminwa Tuluka negou que o exército congolês trabalhe com os rebeldes das Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), mas afirmou que a RDC se comprometerá a "neutralizar" os militantes. Para garantir um cessar-fogo, a primeira-ministra destacou a necessidade de garantir a retirada das tropas ruandesas e o fim das hostilidades do M23 contra a população congolense.

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