EUA interrompem ajuda militar à Ucrânia após desentendimento entre Trump e Zelensky

Os Estados Unidos suspenderam temporariamente toda a ajuda militar à Ucrânia, aguardando uma avaliação do presidente Donald Trump sobre o comprometimento do país com as negociações de paz com a Rússia. Um alto funcionário do governo informou que essa pausa visa garantir que a assistência contribua efetivamente para uma solução pacífica. A medida, que afeta centenas de milhões de dólares em armamentos, foi decidida após reuniões na Casa Branca entre Trump e autoridades de segurança nacional.

O conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, enfatizou a necessidade de diálogo, alertando que a paciência do povo americano não é ilimitada. A mudança de postura ocorreu após Trump criticar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por sua declaração de que a paz estava "muito distante". Embora Trump tenha mencionado a possibilidade de suspensão do apoio, ele também afirmou que essa questão ainda não havia sido discutida formalmente.

Zelensky respondeu de forma mais moderada, destacando a urgência da paz e a importância da diplomacia. Ele reafirmou a colaboração com os EUA e parceiros europeus, expressando esperança no apoio americano para alcançar um acordo. A tensão entre os dois líderes aumentou após um encontro em Washington, que visava assinar um acordo sobre exploração de minerais na Ucrânia, mas resultou em constrangimento e falta de consenso.

Enquanto isso, líderes de dezoito países e organizações como a União Europeia e a OTAN se reuniram em Londres, reafirmando apoio a Zelensky e propondo uma trégua de um mês para facilitar as negociações. A situação continua em desenvolvimento, com a pressão sobre a Ucrânia para aceitar termos que podem ser desfavoráveis em meio a um cenário diplomático complexo.