Marcos Troyjo, ex-presidente do Brics (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Troyjo afirma que Brasil e Estados Unidos estão mais distantes do que nunca sob Trump e Lula - Troyjo afirma que Brasil e Estados Unidos estão mais distantes do que nunca sob Trump e Lula

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As relações entre Brasil e Estados Unidos estão em um ponto crítico, segundo Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Durante uma entrevista em Curitiba, ele destacou que nunca houve tanta divergência entre os governos brasileiro e americano nos últimos 40 anos, especialmente nas visões sobre questões internacionais. Troyjo enfatizou a necessidade de o Brasil focar em estratégias básicas, como formar posições conjuntas para discutir com os EUA, em vez de se afastar ainda mais.

Troyjo também expressou preocupação com as recentes políticas comerciais dos EUA, como a taxação sobre o aço e a possibilidade de um imposto linear sobre as exportações brasileiras. Ele observou que o Brasil possui um superávit comercial com a China, mas um déficit com os Estados Unidos, o que pode agravar a situação se novas tarifas forem implementadas. O economista mencionou que setores como açúcar e etanol poderiam ser mais impactados, mas que a taxação média de importação dos EUA sobre produtos brasileiros é atualmente de apenas 2%.

Para melhorar o diálogo com a administração Trump, Troyjo sugeriu que o Brasil busque alianças com compradores americanos, que têm influência nas políticas comerciais. Ele acredita que essa abordagem pode ser mais eficaz do que tentativas diretas de negociação com o governo dos EUA. Além disso, ele ressaltou que a dependência dos EUA de cadeias de suprimento estrangeiras pode ser uma oportunidade para o Brasil, já que a substituição dessas cadeias pode resultar em custos mais altos para consumidores e empresas americanas.

Por fim, sobre a expansão do BRICS com a inclusão de países como Irã e Etiópia, Troyjo alertou que isso pode comprometer a capacidade do bloco de gerar consensos e se tornar um fórum apenas de declarações políticas. Ele destacou que, com a inclusão de nações com renda per capita baixa ou sob sanções, o BRICS pode perder sua essência como um grupo de elite das economias emergentes, dificultando avanços em áreas estratégicas como mobilização de capital e infraestrutura.

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