08 de abr 2025
Acadêmico americano enfrenta prisão na Tailândia por suposta ofensa à monarquia
Paul Chambers, acadêmico americano na Tailândia, enfrenta acusações de lesa majestade e pode pegar até 15 anos de prisão. O caso levanta preocupações sobre a liberdade acadêmica no país.
Manan Vatsyayana/AFP/Getty Images
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Um acadêmico americano, Paul Chambers, enfrenta sérias acusações na Tailândia por supostamente insultar a monarquia, em um caso raro envolvendo um estrangeiro sob a rigorosa lei de lesa-majestade do país. Chambers, que leciona na Universidade de Naresuan e é especialista em política e relações civis-militares, se apresentou à polícia e foi formalmente acusado, após um mandado de prisão emitido por um comando militar regional.
As leis de lesa-majestade na Tailândia são algumas das mais severas do mundo, prevendo penas de até quinze anos de prisão para cada ofensa. Chambers também enfrenta acusações sob a Lei de Crimes Informáticos. Seu advogado, Wannaphat Jenroumjit, afirmou que o acadêmico nega as acusações e teme uma longa pena de prisão. Chambers permanece sob custódia até que o tribunal decida sobre sua fiança.
A situação gerou preocupação entre defensores da liberdade acadêmica, que afirmam que as acusações representam uma ameaça significativa à liberdade de expressão no país. Akarachai Chaimaneekarakate, da Thai Lawyers for Human Rights, destacou que este caso é particularmente preocupante devido ao status de Chambers como acadêmico respeitado e sua pesquisa sobre a influência militar na política tailandesa.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos expressou preocupação com a prisão de Chambers e está oferecendo assistência consular. A repressão à liberdade de expressão na Tailândia tem aumentado desde 2020, quando protestos liderados por jovens exigiram reformas democráticas e questionaram abertamente a monarquia. Desde então, milhares foram processados por suas atividades políticas, com um número crescente de casos de lesa-majestade.
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