Política

Documentário revela a luta por memória e justiça nas comunidades indígenas do Putumayo

Documentário revela a opressão histórica de indígenas no Putumayo e a luta por reconhecimento do genocídio até os dias atuais.

Um fotograma do documentário 'La memoria de las mariposas' intervenido por indígenas amazônicos. (Foto: Cortesia)

Um fotograma do documentário 'La memoria de las mariposas' intervenido por indígenas amazônicos. (Foto: Cortesia)

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O novo documentário "La memoria de las mariposas" investiga a história das comunidades indígenas do Putumayo, na Amazônia, e destaca a falta de reconhecimento oficial do genocídio perpetrado por comerciantes de borracha, como Julio César Arana, no início do século XX. O filme, dirigido por Tatiana Fuentes, utiliza material de arquivo, incluindo imagens do fotógrafo Silvino Santos, que documentou a exploração da região durante a febre do látex, quando entre quarenta mil e cinquenta mil nativos foram mortos.

A obra também se baseia em documentos do diplomata britânico Roger Casement, que denunciou os abusos na Casa Arana. Casement descreveu a brutalidade enfrentada pelos indígenas, que eram forçados a trabalhar sob condições desumanas. O filme busca desmantelar a narrativa colonial que perpetuou a imagem dos nativos como "outros", explorando a desconfortável relação entre os indígenas e a câmera, evidenciada em várias cenas do material recuperado.

Fuentes e a produtora Lali Madueño apresentaram o documentário em festivais de cinema na América Latina, ressaltando que a opressão dos povos indígenas persiste. Em sua pesquisa, Fuentes visitou locais significativos da história dos indígenas, como Putumayo e Iquitos, onde constatou a ausência de memoriais que reconheçam os crimes cometidos. A cineasta enfatiza que, apesar do reconhecimento do genocídio na Colômbia em 2024, o Peru ainda não fez um pronunciamento oficial sobre o tema.

O documentário também aborda a atualidade da opressão indígena, com exemplos de exploração contemporânea, como a atuação do cartel de Sinaloa e a expropriação de terras. As cineastas levaram as fotografias de arquivo para as comunidades sobreviventes, que intervieram as imagens com mensagens de proteção, honrando seus antepassados e buscando resgatar suas identidades. "La memoria de las mariposas" se apresenta como um importante registro da luta por reconhecimento e justiça histórica.

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