17 de fev 2025
Líbano teme que Israel não cumpra prazo para retirada do sul do país
O presidente libanês, Joseph Aoun, teme que Israel não retire suas tropas até 18 de fevereiro. O acordo de cessar fogo previa a retirada até 26 de janeiro, prorrogada para fevereiro. Pedido de extensão do prazo foi negado por representantes libaneses, aumentando tensões. Desde outubro, Israel causou cerca de 4 mil mortes no Líbano, incluindo civis. Conflito começou em 8 de outubro, com Hezbollah atacando em apoio ao Hamas em Gaza.
Presidente do Líbano, Joseph Aoun (Foto: ANWAR AMRO/AFP)
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O presidente do Líbano, Joseph Aoun, manifestou sua preocupação de que as tropas israelenses não se retirem completamente do sul do país até a data limite de 18 de fevereiro, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo entre Israel e a milícia libanesa Hezbollah. Aoun afirmou que “temos medo de que uma retirada completa não será alcançada amanhã”, destacando a importância da saída israelense da região. O acordo original previa a retirada até 26 de janeiro, mas foi prorrogado para 18 de fevereiro.
Na semana anterior, Israel solicitou uma nova extensão do prazo por meio do comitê responsável pela supervisão do cessar-fogo, mas o pedido foi negado pelos representantes libaneses, que incluem autoridades dos Estados Unidos, França, Israel e Nações Unidas, segundo a emissora LBCI. O acordo prevê que, em troca da saída israelense, os combatentes do Hezbollah também deixarão a área, que será então controlada pelo Exército libanês.
Apesar do cessar-fogo, o Armed Conflict Location & Event Data Project (ACLED) registrou 330 ataques aéreos e bombardeios israelenses entre 27 de novembro e 10 de janeiro, além de 260 eventos de destruição de propriedades. Um ataque aéreo em 8 de janeiro resultou na morte de seis pessoas e ferimentos em outras duas em Shaara, no leste do Líbano.
O conflito entre Israel e o Hezbollah teve início em 8 de outubro, quando o grupo libanês lançou ataques em apoio ao Hamas em Gaza. Desde então, Israel intensificou suas operações no Líbano, resultando na morte de cerca de 4.000 pessoas, incluindo crianças e mulheres, em ataques indiscriminados, como a explosão de pagers supostamente utilizados pela milícia.
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