17 de abr 2025
Tensões entre Europa e Rússia marcam celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial
Tensões entre Europa e Rússia marcam celebrações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra, com Lula e outros líderes confirmando presença em Moscou.
Embaixador da Rússia na Alemanha, Sergey Nechayev (centro), comparece à cerimônia na cidade de Seelow, palco de batalha que vitimou 30 mil soldados soviéticos na Segunda Guerra. O governo alemão criticou a presença do diplomata no evento, que ocorreu na quarta-feira (16). (Foto: Annegret Hilse/Reuters)
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Tensões marcam celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A data, que tem interpretações distintas entre Europa e Rússia, reacendeu disputas retóricas e gerou alertas sobre a participação de líderes em eventos promovidos por Moscou. A Alemanha nazista se rendeu em 8 de maio de 1945, mas a data é celebrada em 9 de maio na Rússia.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, alertou que a presença de países candidatos ao bloco em eventos na Rússia pode comprometer suas candidaturas. A declaração foi feita após reunião com chanceleres em Luxemburgo, na segunda-feira (15).
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, e o presidente sérvio, Aleksandar Suvic, confirmaram presença no evento russo, apesar das tensões. Viktor Orbán, primeiro-ministro húngaro, teria declinado devido a compromissos nos Estados Unidos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para a celebração em Moscou, em um movimento que demonstra a busca da Rússia por aliados na geopolítica global. Lula também será recebido em Pequim, dias depois.
A Ucrânia busca apoio europeu com um evento em Kiev, no mesmo dia 9 de maio. O Parlamento alemão não convidou os embaixadores da Rússia e Belarus para uma sessão especial em Berlim.
Um evento em Seelow, palco de uma batalha com cerca de 30 mil vítimas soviéticas, contou com a presença do embaixador russo Sergey Nechayev, apesar do pedido do governo alemão para que ele não comparecesse. A Rússia acusou a Alemanha de insulto e de ser herdeira ideológica de Hitler.
O Kremlin considerou que o fornecimento de mísseis Taurus à Ucrânia pela Alemanha transformaria o país em participante do conflito. Friedrich Merz, futuro primeiro-ministro alemão, defende uma ajuda mais incisiva à Ucrânia.
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