21 de abr 2025
A reaproximação histórica entre EUA e China: de Nixon a Trump e os novos desafios globais
A reaproximação entre EUA e China, iniciada por Nixon em 1972, agora enfrenta novos desafios com a guerra comercial de Trump em 2025.
O então líder chinês, Mao Tse-Tung, recebe o colega americano Richard Nixon em Pequim, durante sua visita à China, em 1972 (Foto: Xinhua/AFP)
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Guerra comercial marca nova fase nas relações entre EUA e China
Em 2025, o presidente Donald Trump se tornou o primeiro a confrontar diretamente a China em uma guerra comercial, evidenciando a ascensão do país asiático como potência econômica e tecnológica. A disputa atual contrasta com a aproximação histórica iniciada em 1972, quando Richard Nixon foi o primeiro presidente americano a visitar Pequim.
A visita de Nixon marcou o início de uma reaproximação diplomática após décadas de isolamento, em um contexto de Guerra Fria e tensões globais. Na época, a China era um país fechado, rural e com um Produto Interno Bruto (PIB) 20 vezes menor que o dos Estados Unidos.
Crescimento econômico chinês impressiona
Em meio século, a economia chinesa cresceu 270 vezes, superando em ritmo o crescimento americano, que foi de 23 vezes no mesmo período. Atualmente, o PIB chinês equivale a três quartos do PIB americano, e o país se consolidou como o maior exportador global de mercadorias.
Em 2024, as montadoras chinesas produziram 2 milhões de veículos a cada três semanas, demonstrando a capacidade industrial do país. A China também lidera em áreas de tecnologia como computação quântica e inteligência artificial, com universidades que formam o dobro de engenheiros em relação às americanas.
Transformação social e econômica
A China tirou quase 800 milhões de pessoas da pobreza em 40 anos, investindo em eletrificação, educação e saúde. Apesar de um período de crescimento mais lento, a transformação social e econômica do país é notável.
A aproximação de Nixon com a China, motivada pela busca de uma aliança contra a União Soviética, contrasta com o cenário atual. A União Soviética implodiu, enquanto a China se tornou uma potência global, com um PIB superior ao da Rússia e de outros 14 países juntos. A guerra comercial de 2025 pode redefinir as relações internacionais e entrar para a história como um ponto de inflexão nas disputas globais de poder.
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