Política

Israel admite ataque a instalação da ONU em Gaza que resultou em morte de funcionário

Israel reconhece ataque a instalação da ONU em Gaza, resultando na morte de funcionário. ONU exige responsabilização e investigações adicionais.

Prédio em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, destruído por ataque israelense (Foto: Ramadan Abed/Reuters)

Prédio em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, destruído por ataque israelense (Foto: Ramadan Abed/Reuters)

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Israel admitiu nesta quinta-feira (24) que suas Forças Armadas atacaram uma instalação da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza em março, resultando na morte de um funcionário búlgaro. O ataque ocorreu em 19 de março na área de Deir al-Balah, ferindo também outros seis trabalhadores. O secretário-geral da ONU, António Guterres, decidiu retirar um terço da equipe da ONU em Gaza devido a preocupações de segurança.

Este incidente marca a segunda vez em uma semana que Israel reconhece ter atacado erroneamente trabalhadores humanitários em Gaza. A ONU declarou que o conflito atual é o mais mortal para seus funcionários na história da organização. No dia 23 de março, quinze socorristas foram mortos em outra ação militar israelense, levando a uma investigação por parte de Tel Aviv.

Reconhecimento e Pedidos de Desculpas

Inicialmente, Israel negou envolvimento no ataque de março, afirmando que uma investigação preliminar não encontrou conexão com suas forças. No entanto, em um comunicado recente, o Exército israelense pediu desculpas, reconhecendo que o ataque ocorreu devido à "presença inimiga avaliada" e que o prédio não foi identificado como uma instalação da ONU. A investigação interna identificou "falhas profissionais" e resultou na demissão de um comandante adjunto.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que a localização da instalação atacada era conhecida pelas forças israelenses. Ele destacou que, embora tenha havido mais cooperação na investigação, isso não é suficiente. "Precisamos de responsabilização não apenas por este incidente, mas por todas as vezes que vimos colegas da ONU mortos em Gaza", afirmou.

Consequências e Contexto

O funcionário búlgaro morto foi identificado como Marin Valev Marinov, de 51 anos, que trabalhava na ONU desde 2016. Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, pelo menos 285 funcionários da ONU foram mortos em Gaza. A ONU relatou que Israel atacou repetidamente suas instalações, incluindo escolas e abrigos.

Em outro episódio em março, forças israelenses dispararam contra um comboio de ambulâncias e caminhões de bombeiros, resultando na morte de trabalhadores humanitários. O Exército israelense alegou que as ambulâncias estavam se aproximando de forma suspeita, mas não apresentou evidências concretas. A ONU continua a exigir que todas as partes do conflito respeitem o direito humanitário internacional, que protege civis e trabalhadores humanitários.

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