China reafirma que Covid-19 pode ter surgido nos Estados Unidos em novo documento

A China reafirmou, em um documento divulgado na quarta-feira, que a Covid-19 pode ter se originado nos Estados Unidos. O texto, publicado pela agência de notícias estatal Xinhua, surge após a administração do ex-presidente Donald Trump ter atribuído a origem do vírus a um vazamento de laboratório na China.

No documento, a China criticou os EUA por politizarem a questão das origens da Covid-19. O texto menciona um processo judicial no Missouri que resultou em uma decisão de US$ 24 bilhões contra a China, acusando-a de acumular equipamentos médicos e encobrir o surto inicial. A China defendeu que compartilhou informações relevantes com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional de forma oportuna.

O relatório enfatiza que um estudo conjunto da OMS e da China concluiu que a hipótese de vazamento de laboratório é "extremamente improvável". O documento também sugere que evidências substanciais indicam que a Covid-19 pode ter surgido nos EUA antes do que o cronograma oficialmente declarado e antes do surto na China.

A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) afirmou, em janeiro, que a pandemia era mais provável de ter surgido de um laboratório na China do que da natureza, embora tenha admitido ter "baixa confiança" nessa avaliação. Um funcionário da Comissão Nacional de Saúde da China declarou que o próximo passo na investigação sobre a origem do vírus deve se concentrar nos EUA, pedindo que o país responda às preocupações legítimas da comunidade internacional.