01 de mai 2025
Lula enfrenta críticas por postura desequilibrada na política externa brasileira
Lula tenta mediar conflito entre Ucrânia e Rússia, mas sua postura gera rejeição de Zelensky e revela incoerências na diplomacia brasileira.
Morador caminha junto a um prédio bombardeado na cidade de Lyman, na Ucrânia (Foto: Genya SAVILOV / AFP)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem enfrentado críticas por sua política externa, especialmente em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Recentemente, Lula manifestou interesse em mediar a situação, mas sua postura favorável à Rússia resultou na rejeição da proposta pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Durante um evento em Roma, Lula afirmou que o Brasil "teima" para que os dois países se sentem à mesa de negociações. Contudo, ele logo desviou o assunto para a violência em Gaza, o que evidenciou sua inclinação. Ao sugerir que a Ucrânia deveria ceder a Península da Crimeia à Rússia, Lula comprometeu sua posição como mediador. A recusa de Zelensky para um encontro em Kiev reforça a falta de credibilidade do Brasil na mediação.
Desconexão Diplomática
O Itamaraty tem tratado a guerra na Ucrânia de forma protocolar, enquanto dedica mais atenção ao conflito em Gaza. O comunicado oficial após a reunião do Brics mencionou a guerra na Ucrânia de maneira breve, enquanto o conflito israelense-palestino recebeu cinco itens extensos. Essa diferença de tratamento revela uma desconexão da diplomacia brasileira com os interesses nacionais.
A postura de Lula contrasta com a tradição diplomática brasileira, que historicamente separou ideologia de interesses nacionais. O governo anterior, sob Jair Bolsonaro, também foi criticado por sua resposta tímida à invasão da Ucrânia. Lula, ao invés de marcar uma diferença, tem enfrentado dificuldades em adotar uma posição equilibrada.
Visita a Moscou
Lula rejeitou um convite de Zelensky para visitar Kiev, mas planeja ir a Moscou para participar das comemorações dos 80 anos da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial. Essa decisão levanta questionamentos sobre a capacidade do Brasil de atuar como mediador em conflitos internacionais, especialmente quando a Rússia é vista como a agressora na Europa.
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