06 de mai 2025
Trump propõe deportação de cidadãos estrangeiros para a Ucrânia em meio à guerra
Trump tentou convencer a Ucrânia a aceitar deportados dos EUA durante a invasão russa, mas a proposta não foi considerada.
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante encontro tenso com Donald Trump na Casa Branca em fevereiro (Foto: Saul Loeb/AFP)
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Documentos revelam que o governo de Donald Trump solicitou à Ucrânia, no início de 2023, a aceitação de deportados dos Estados Unidos. O pedido foi feito durante a invasão russa e não foi considerado seriamente pelas autoridades ucranianas.
Os documentos analisados pelo The Washington Post mostram que a proposta foi transmitida por um diplomata americano sênior em janeiro. A Ucrânia, que enfrentava ataques aéreos constantes, não tinha um aeroporto em funcionamento e não aceitou a proposta. Um diplomata ucraniano informou que o governo daria uma resposta assim que formulasse uma posição, mas não houve aceitação.
A administração Trump buscou expandir as deportações, pressionando países como El Salvador e México a aceitarem deportados. Documentos mostram que propostas semelhantes foram feitas a várias nações, mas a Ucrânia não considerou a proposta de forma séria. Dois oficiais ucranianos afirmaram que o assunto não chegou aos níveis mais altos do governo.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou que o envolvimento com governos estrangeiros é vital para conter a migração ilegal. A administração Trump utilizou incentivos e ameaças para persuadir países a aceitarem deportados, como no caso do Panamá, onde houve ameaças de tarifas.
A abordagem de Trump em relação à imigração e deportações foi marcada por métodos não convencionais. A administração trabalhou para aumentar o número de nações dispostas a receber deportados, incluindo Ruanda, que concordou em receber cidadãos deportados em troca de apoio financeiro.
Os documentos também revelam que o governo dos EUA buscou usar o Uzbequistão como ponto de trânsito para deportações, especialmente de cidadãos russos e bielorrussos. A situação política delicada exigiu que os funcionários americanos adotassem uma abordagem cautelosa ao negociar com esses países.
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