08 de mai 2025

A destruição do sonho palestino
Fonte
Política

Coalizão de Netanyahu se distancia do sonho de um Estado palestino independente

Coalizão de Netanyahu se distancia da solução de dois Estados, enquanto planos de anexação e restrição aos palestinos ganham força.

Um menino corre com uma bandeira palestina sobre um monte de escombros em um acampamento para pessoas deslocadas pelo conflito em Bureij, no centro da Faixa de Gaza (Foto: Eyad BABA / AFP)

Um menino corre com uma bandeira palestina sobre um monte de escombros em um acampamento para pessoas deslocadas pelo conflito em Bureij, no centro da Faixa de Gaza (Foto: Eyad BABA / AFP)

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A atual coalizão de Benjamin Netanyahu em Israel, marcada por membros radicais como Bezalel Smotrich, propõe a anexação da Cisjordânia e a restrição dos palestinos em Gaza, afastando-se da ideia de um Estado palestino independente. Essa mudança de postura é um contraste significativo em relação ao apoio histórico à solução de dois Estados, que predominou durante o governo de Yitzhak Rabin.

Três décadas após o assassinato de Rabin, a ideologia da coalizão de Netanyahu se alinha mais com a de Yigal Amir, o assassino do ex-primeiro-ministro, do que com a busca pela paz. Smotrich, ministro das Finanças, anunciou planos para declarar a soberania israelense sobre a Cisjordânia, que ele se refere como Judeia e Samaria. Essa região abriga cerca de três milhões de palestinos e 500 mil colonos israelenses em assentamentos considerados ilegais pela comunidade internacional.

A estratégia de Smotrich inclui a construção de mais assentamentos para dividir a Cisjordânia, consolidando a soberania israelense. No que diz respeito à Faixa de Gaza, o governo Netanyahu prioriza o controle do território em vez de negociar a libertação de reféns. Smotrich sugere confinar os dois milhões de palestinos em uma área reduzida, o que poderia ser interpretado como uma tentativa de limpeza étnica.

A oposição à criação de um Estado palestino não se limita à coalizão de Netanyahu. O líder opositor Benny Gantz afirmou que quem defende um Estado palestino está desconectado da realidade de segurança de Israel. Essa mudança de perspectiva começou após a rejeição da Autoridade Nacional Palestina a uma proposta de paz em Camp David, em dois mil, e se intensificou após o ataque do Hamas em dois mil e vinte e três.

A possibilidade de um Estado palestino independente na Cisjordânia e em Gaza parece cada vez mais distante. Apesar disso, a causa palestina continua a ganhar apoio, inclusive nos Estados Unidos, enquanto Israel enfrenta críticas por controlar milhões de palestinos sem cidadania.

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