Política

China promete descarbonização total e desafia Brasil na COP30 em Belém

China promete reduzir em 65% suas emissões até 2035 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, desafiando o cenário global.

Usina solar em Haixi: a potência asiática investe cada vez mais em fontes renováveis de energia (Foto: Ma Mingyan/Getty Images)

Usina solar em Haixi: a potência asiática investe cada vez mais em fontes renováveis de energia (Foto: Ma Mingyan/Getty Images)

Ouvir a notícia

China promete descarbonização total e desafia Brasil na COP30 em Belém - China promete descarbonização total e desafia Brasil na COP30 em Belém

0:000:00

O cenário da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém, é desafiador. O negacionismo climático do governo dos Estados Unidos e a retirada de tratados como o Acordo de Paris dificultam a transição verde global. O Brasil intensifica esforços diplomáticos para manter o engajamento internacional.

Recentemente, a China fez um anúncio significativo. O presidente Xi Jinping comprometeu-se a estender as metas de descarbonização para todos os setores da economia. O país pretende reduzir suas emissões em 65% até 2035 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. Essa mudança pode representar uma guinada importante, já que a China, maior emissor de gases de efeito estufa, havia seguido uma trajetória oposta.

Nos últimos anos, a China aumentou suas emissões devido à construção de mais de mil usinas termelétricas movidas a carvão. Atualmente, o país é responsável por 30% das emissões globais. Contudo, a promessa de uma "China verde" surge com o desenvolvimento de tecnologias limpas, como painéis solares e veículos elétricos. Xunpeng Shi, da International Society for Energy Transition Studies, afirma que os esforços estão começando a dar frutos.

Desafios e Oportunidades

Apesar dos avanços, a transição para uma economia de baixo carbono enfrenta desafios. Setores como a produção de cimento e a siderurgia dependem de combustíveis fósseis para operar. A descarbonização dessas áreas exigirá inovação e soluções tecnológicas. Lauri Myllyvirta, do Centre for Research on Energy and Clean Air, destaca a falta de clareza sobre os caminhos que a China seguirá.

Dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China mostram que, nos dez primeiros meses de 2024, as emissões do país caíram em relação ao ano anterior, refletindo a expansão da energia limpa. A COP30 será um momento crucial para discutir esses compromissos e a necessidade de ações globais efetivas diante da crise climática.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela