Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Ouvir a notícia

Ucrânia deve abrir mão da Crimeia e da OTAN para alcançar paz com a Rússia, diz Amorim - Ucrânia deve abrir mão da Crimeia e da OTAN para alcançar paz com a Rússia, diz Amorim

0:000:00

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que a Ucrânia deve abrir mão da Crimeia e discutir a situação dos territórios ocupados pela Rússia, como Donbass, Kherson e Zaporizhzhia, para alcançar um acordo de paz. Durante sua visita a Moscou, Amorim destacou que essa análise é pessoal e não representa a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Amorim sugeriu que a Ucrânia deve também desistir de sua adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), buscando outro tipo de proteção, como a integração à União Europeia. Ele mencionou a possibilidade de plebiscitos em cinco a dez anos nos territórios disputados, afirmando que o cenário atual pode se manter mesmo com a guerra se prolongando.

Críticas ao Apoio Europeu

O ex-chanceler criticou a capacidade da Europa de oferecer apoio financeiro duradouro à Ucrânia. Apesar das promessas, ele acredita que os países europeus enfrentam dificuldades financeiras e problemas internos, como a imigração. Amorim afirmou que a França e o Reino Unido foram os únicos a se comprometerem a enviar tropas para a Ucrânia, enquanto outros países não demonstraram disposição.

Amorim também comentou sobre a reunião entre Lula e o presidente russo Vladimir Putin, onde o brasileiro pediu um cessar-fogo de 30 dias. Putin indicou que consideraria a proposta, mas não deu uma resposta definitiva. O assessor ressaltou que a visita de Lula a Moscou não deve ser vista como um desgaste de imagem, mas sim como um gesto em busca da paz.

Propostas de Mediação

O assessor mencionou que a proposta sino-brasileira, que inclui seis pontos, recebeu apoio de países do Sul Global, além de Eslováquia e Hungria. Amorim acredita que a aceitação da proposta pode mudar dependendo da evolução das negociações. Ele também comentou que a possibilidade de o Brasil participar de uma missão de paz na Ucrânia não foi discutida com Putin.

Por fim, Amorim reiterou que o objetivo da visita foi promover a paz e que a situação atual da guerra pode se tornar "fútil" e "triste" se não houver uma resolução. Ele enfatizou que a paz é o principal objetivo, trazendo benefícios econômicos e sociais para todos os envolvidos.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela