11 de mai 2025
Ucrânia deve abrir mão da Crimeia e da OTAN para alcançar paz com a Rússia, diz Amorim
Celso Amorim propõe que a Ucrânia renuncie à Crimeia e à adesão à OTAN para alcançar a paz com a Rússia, destacando a fragilidade do apoio europeu.
Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
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O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que a Ucrânia deve abrir mão da Crimeia e discutir a situação dos territórios ocupados pela Rússia, como Donbass, Kherson e Zaporizhzhia, para alcançar um acordo de paz. Durante sua visita a Moscou, Amorim destacou que essa análise é pessoal e não representa a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Amorim sugeriu que a Ucrânia deve também desistir de sua adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), buscando outro tipo de proteção, como a integração à União Europeia. Ele mencionou a possibilidade de plebiscitos em cinco a dez anos nos territórios disputados, afirmando que o cenário atual pode se manter mesmo com a guerra se prolongando.
Críticas ao Apoio Europeu
O ex-chanceler criticou a capacidade da Europa de oferecer apoio financeiro duradouro à Ucrânia. Apesar das promessas, ele acredita que os países europeus enfrentam dificuldades financeiras e problemas internos, como a imigração. Amorim afirmou que a França e o Reino Unido foram os únicos a se comprometerem a enviar tropas para a Ucrânia, enquanto outros países não demonstraram disposição.
Amorim também comentou sobre a reunião entre Lula e o presidente russo Vladimir Putin, onde o brasileiro pediu um cessar-fogo de 30 dias. Putin indicou que consideraria a proposta, mas não deu uma resposta definitiva. O assessor ressaltou que a visita de Lula a Moscou não deve ser vista como um desgaste de imagem, mas sim como um gesto em busca da paz.
Propostas de Mediação
O assessor mencionou que a proposta sino-brasileira, que inclui seis pontos, recebeu apoio de países do Sul Global, além de Eslováquia e Hungria. Amorim acredita que a aceitação da proposta pode mudar dependendo da evolução das negociações. Ele também comentou que a possibilidade de o Brasil participar de uma missão de paz na Ucrânia não foi discutida com Putin.
Por fim, Amorim reiterou que o objetivo da visita foi promover a paz e que a situação atual da guerra pode se tornar "fútil" e "triste" se não houver uma resolução. Ele enfatizou que a paz é o principal objetivo, trazendo benefícios econômicos e sociais para todos os envolvidos.
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