Líderes europeus e EUA exigem cessar-fogo incondicional de trinta dias na Ucrânia

Líderes da Alemanha, França, Polônia e Reino Unido se reuniram em Kiev neste sábado, 10 de maio, para propor um cessar-fogo incondicional de 30 dias na guerra da Ucrânia. A proposta, que conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inclui a ameaça de sanções massivas à Rússia caso não seja aceita.

Durante a coletiva de imprensa, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou: “Chega de 'ses' e 'mas', chega de condições e atrasos.” Os líderes europeus definiram o início do cessar-fogo para a próxima segunda-feira, 12 de maio. O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou que, caso a Rússia não concorde, novas sanções serão impostas, especialmente nos setores de energia e bancário.

O Kremlin, por sua vez, respondeu que irá "refletir" sobre a proposta. O porta-voz Dmitry Peskov afirmou que a Rússia não teme as sanções anunciadas e que já tem planos para minimizar seus efeitos. Desde o início da invasão em 2022, as sanções ocidentais contra a Rússia foram intensificadas, mas a guerra continua sem um fim à vista.

Reunião de Apoio

A reunião em Kiev foi um gesto simbólico de apoio à Ucrânia, especialmente após a celebração do Dia da Vitória na Rússia, que contou com a presença de líderes de diversos países. Starmer mencionou que a unidade demonstrada pelos líderes europeus é um marco importante no conflito. “Não vimos essa unidade desde o início da guerra,” disse ele.

Os líderes também discutiram a necessidade de intensificar o apoio militar à Ucrânia caso a Rússia rejeite o cessar-fogo. A proposta de um cessar-fogo incondicional foi inicialmente apresentada em uma reunião bilateral na Arábia Saudita e agora é reforçada por uma coalizão de líderes globais.

Desdobramentos Futuros

A proposta de cessar-fogo representa um momento crucial nas negociações de paz. A pressão sobre a Rússia aumenta, e a resposta do Kremlin será observada de perto. A expectativa é que a situação evolua rapidamente, com possíveis consequências significativas para a dinâmica do conflito.

Os líderes europeus e os Estados Unidos buscam garantir que a Rússia não tenha a oportunidade de explorar a trégua para fortalecer suas posições no campo de batalha. O futuro da Ucrânia e da segurança europeia depende da resposta de Moscou e da capacidade dos aliados de manterem a pressão.