11 de mai 2025
Lula se reúne com Putin e discute possibilidades de paz na guerra da Ucrânia
Lula sugere cessar fogo na Ucrânia, enquanto assessor propõe concessões à Rússia. Resultados da visita permanecem incertos.
Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, falou sobre a negociação de paz em Moscou (Foto: Pedro Kirilos) Amorim com o assessor de assuntos internacionais da Presidência russa, Yusi Ushakov, antes do encontro de Lula com Putin (Foto: Marcelo Ninio)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, realizou uma visita à Rússia em meio a tensões globais causadas pela guerra na Ucrânia. A viagem ocorreu no dia 10 de maio e teve como objetivo discutir a situação do conflito e buscar um cessar-fogo. Lula se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, e solicitou uma trégua de 30 dias, mas a resposta de Putin foi inconclusiva.
Durante a visita, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, sugeriu que a Ucrânia deveria abrir mão da Crimeia e não se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para alcançar a paz. Amorim destacou que essa é uma visão pragmática e que a "paz ideal" pode nunca ser alcançada. Ele também mencionou a possibilidade de plebiscitos em cinco ou dez anos para discutir a situação dos territórios ocupados pela Rússia.
A reunião entre Lula e Putin ocorreu no Kremlin, onde Amorim foi apresentado como um "velho amigo" do líder russo. O assessor afirmou que a conversa foi mais geral e focada em temas bilaterais, sem entrar em detalhes sobre o cessar-fogo. Putin indicou que avaliaria a proposta, mas não se comprometeu com um acordo imediato.
Amorim também comentou sobre a capacidade da Europa de apoiar a Ucrânia financeiramente, afirmando que muitos países europeus enfrentam dificuldades internas e não conseguirão sustentar um apoio prolongado. Ele ressaltou que a entrada da Ucrânia na OTAN é uma questão complexa e que a Rússia não aceitaria essa adesão.
A visita de Lula à Rússia gerou críticas, mas Amorim defendeu que o objetivo principal foi promover a paz. Ele afirmou que o Brasil não deve se preocupar com a imagem diante das críticas ucranianas, pois a busca pela paz é o foco central da diplomacia brasileira.
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