14 de mai 2025
União Europeia classifica risco de desmatamento e gera críticas a Brasil e EUA
A classificação da UE sobre o risco de desmatamento gera polêmica, com o Brasil em nível padrão e críticas de ambientalistas.
Área de floresta amazônica desmatada em Lábrea (AM) (Foto: Mauro Pimentel - 15.set.2021/AFP)
Ouvir a notícia:
União Europeia classifica risco de desmatamento e gera críticas a Brasil e EUA
Ouvir a notícia
União Europeia classifica risco de desmatamento e gera críticas a Brasil e EUA - União Europeia classifica risco de desmatamento e gera críticas a Brasil e EUA
A União Europeia (UE) divulgou uma lista que classifica o risco de desmatamento em diversos países, gerando críticas de ambientalistas. O Brasil foi classificado como risco padrão, enquanto os Estados Unidos foram considerados de baixo risco e a Rússia, de alto risco. A lista, ainda não publicada, faz parte de um regulamento que entrará em vigor em 30 de dezembro de 2025, com o objetivo de proibir a comercialização de produtos provenientes de terras desmatadas após 2020.
As normas de rastreabilidade para empresas importadoras serão ajustadas conforme a categoria de risco de cada país. Os 27 Estados-membros da UE validaram a lista, que inclui todos os países europeus, além da China e dos Estados Unidos, como de baixo risco. O Brasil e a Indonésia foram classificados como de risco padrão, enquanto países como Rússia, Belarus, Coreia do Norte e Mianmar foram considerados de maior risco por razões políticas.
A ONG Global Witness expressou preocupação com a classificação do Brasil, afirmando que a crise do desmatamento afeta florestas essenciais para o clima na Amazônia. A eurodeputada ecologista Marie Toussaint manifestou surpresa com a classificação dos Estados Unidos, Indonésia e Brasil, e aguarda esclarecimentos sobre os critérios utilizados.
Críticas e Oposição
A regulamentação já enfrentou resistência, especialmente após a UE adiar a implementação da lei de 2024 para 2025, em resposta a pressões de países como Brasil e Estados Unidos. Com a nova legislação, empresas que importam produtos como cacau, café, soja, óleo de palma e madeira precisarão comprovar a rastreabilidade através de dados de geolocalização e imagens de satélite.
Essas exigências geram forte oposição de setores do agronegócio e de países africanos, asiáticos e sul-americanos, que temem os custos adicionais para agricultores e pecuaristas. A expectativa é que a lista oficial seja publicada nas próximas semanas, detalhando as classificações e os critérios utilizados.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.