Primeiro-ministro da Espanha pede banimento de Israel no Eurovision

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, solicitou a exclusão de Israel do Eurovision Song Contest devido às ações militares em Gaza. Ele comparou a situação atual com a exclusão da Rússia após a invasão da Ucrânia, afirmando que não deve haver "duplos padrões" nas competições culturais.

Durante uma coletiva de imprensa em Madrid, Sánchez destacou que a Espanha deve manter um compromisso com os direitos humanos e o direito internacional. Ele expressou solidariedade ao povo palestino, que, segundo ele, enfrenta "a injustiça da guerra e do bombardeio". A Espanha reconheceu oficialmente um estado palestino no ano passado e tem sido crítica em relação a Israel.

Israel, que ficou em segundo lugar na final do Eurovision realizada na Suíça, respondeu às declarações de Sánchez. O ministro israelense para assuntos da diáspora, Amichai Chikli, ironizou a situação em uma postagem nas redes sociais, afirmando que a votação do público, onde Israel recebeu os 12 pontos máximos da Espanha, foi um "tapa na cara" do primeiro-ministro espanhol.

A emissora espanhola RTVE também se posicionou, exibindo uma mensagem em apoio aos palestinos antes da final do concurso, apesar de advertências da União Europeia de Radiodifusão para evitar referências a Gaza. A canção da Espanha, Esa Diva, terminou em 24º lugar na competição.