Política

Gustavo Petro enfrenta crise na política de paz após omissão sobre operações militares

Cenário de paz na Colômbia se complica com a não prorrogação do cese de fogo, permitindo ações militares contra disidência das FARC.

Gustavo Petro em Barranquilla, Colômbia, em 20 de maio de 2025. (Foto: Joel_Gonzalez - GOVERNO DE COLOMBIA)

Gustavo Petro em Barranquilla, Colômbia, em 20 de maio de 2025. (Foto: Joel_Gonzalez - GOVERNO DE COLOMBIA)

Ouvir a notícia

Gustavo Petro enfrenta crise na política de paz após omissão sobre operações militares - Gustavo Petro enfrenta crise na política de paz após omissão sobre operações militares

0:000:00

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, não prorrogou o decreto que suspende operações contra a disidência das FARC, o que gera incertezas nas negociações de paz. A decisão ocorre após a morte de sete militares em um ataque atribuído a esse grupo, aumentando a pressão por uma nova estratégia militar.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que “não temos decreto de suspensão com nenhum grupo”, permitindo que o Exército atue contra as unidades dissidentes. Desde a manhã de segunda-feira, as Forças Armadas receberam ordens verbais para realizar operações contra a disidência, também conhecida como Estado Maior dos Bloques e Frentes (EMBF).

A situação se agrava com o fim do cese de fogo bilateral em 17 de abril, quando o governo decidiu não prorrogá-lo. Em vez disso, Petro havia suspendido as operações ofensivas por um mês, buscando pressionar a disidência para avançar nas negociações. Contudo, a morte dos militares complicou ainda mais o cenário, levando a questionamentos sobre a eficácia da estratégia de paz do governo.

Crise nas Negociações

A falta de um novo decreto deixa a relação entre o governo e a disidência em um limbo jurídico, colocando em risco os avanços nas mesas de negociação. Delegados do governo e especialistas esperavam uma decisão de Petro antes do vencimento do decreto, mas não houve pronunciação.

Contatos entre representantes do governo e a disidência ocorreram no fim de semana, com pedidos para a renovação do cese bilateral. No entanto, a ausência de uma decisão oficial permite que as Forças Armadas atuem sem restrições, o que pode comprometer acordos importantes, como os relacionados à preservação da Amazônia.

A política de “paz total”, que era uma das principais bandeiras de Petro, parece estar perdendo relevância. A pressão por uma ofensiva militar contra grupos ilegais, especialmente após os recentes ataques, reflete a fragilidade do processo de paz, que começou com a ambição de alcançar uma “paz grande” com todos os grupos armados.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela