Política

Forças militares da Colômbia enfrentam desafios para retomar combate ao ELN

O governo de Gustavo Petro suspendeu diálogos de paz após ofensiva do ELN. A ofensiva resultou em 60 mortes e 40.000 deslocados no Catatumbo. O exército colombiano enfrenta dificuldades devido à redução de efetivo e recursos. Grupos armados ilegais, como o ELN, estão se fortalecendo e expandindo. Especialistas alertam que a estratégia militar atual carece de um plano eficaz.

"Labores de fogo dissuasivo na região do Catatumbo a cargo do Exército Nacional. (Foto: EJÉRCITO NACIONAL DE COLOMBIA)"

"Labores de fogo dissuasivo na região do Catatumbo a cargo do Exército Nacional. (Foto: EJÉRCITO NACIONAL DE COLOMBIA)"

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A recente escalada de violência no Catatumbo, atribuída ao Exército de Libertação Nacional (ELN), resultou em 60 mortos e 40 mil deslocados em apenas uma semana. Em resposta, o governo de Gustavo Petro alterou sua política de paz total, optando por uma estratégia de combate. O presidente declarou em suas redes sociais que cabe ao Exército proteger a população da região, afirmando que o ELN escolheu o caminho da guerra. Além disso, os diálogos com o grupo foram suspensos e as ordens de captura contra líderes do ELN foram reativadas.

Entretanto, as forças armadas enfrentam um momento crítico, com analistas e um general aposentado apontando um enfraquecimento do Exército nos últimos dois anos e meio. O número de soldados caiu de 203 mil em 2021 para 172 mil em 2023, enquanto grupos armados ilegais, como o ELN e o Clan del Golfo, aumentaram suas fileiras. Um relatório de inteligência militar revelou que o Exército, que já teve 242.350 integrantes em 2012, agora conta com apenas 177.800 soldados, enquanto os grupos ilegais cresceram de 18.334 para 21.201 membros.

A situação é agravada pela perda de poder aéreo, com cerca de 60% da frota aérea do país fora de operação. A redução do orçamento e a diminuição das horas de treinamento dos pilotos impactaram a capacidade de resposta da força aérea. Em 2022, a Polícia Nacional tinha 96 aeronaves operativas, número que caiu para 69 em junho de 2024. Especialistas afirmam que a falta de um plano alternativo para a paz total deixou o governo despreparado para a escalada do conflito.

A desarticulação das forças de tarefa conjunta, decidida em novembro, comprometeu ainda mais a capacidade de realizar operações coordenadas. Os analistas destacam que a atual estratégia do governo não articula adequadamente a política de paz com a de guerra, resultando em um cenário desfavorável. O Ministério da Defesa não respondeu aos pedidos de comentário até o fechamento deste artigo.

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