23 de mai 2025
Deportações de migrantes para Costa Rica geram críticas por abusos e falta de transparência
Relatório da Human Rights Watch revela abusos em detenção de 200 migrantes em Costa Rica, incluindo separação familiar e negação de asilo.
Migrantes deportados pelos Estados Unidos, em Puntarenas, Costa Rica, em 31 de março de 2025. (Foto: Mayela Lopez/REUTERS)
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Um relatório da Human Rights Watch revela que duzentos migrantes, incluindo crianças, foram detidos na Costa Rica sem direito a solicitar asilo. As condições de detenção foram descritas como abusivas, com relatos de separação familiar. O grupo, composto por 119 adultos e 81 menores, inclui pessoas de países como Afeganistão, Irã e Rússia.
O documento, intitulado "A estratégia é dobrá-los", destaca que as deportações realizadas pela administração Trump foram marcadas pela opacidade e pelo maltrato. Michael García Bochenek, assessor da organização, afirmou que é reprehensível deixar famílias em um país que não escolheram, sem considerar sua segurança.
Até o momento, cem migrantes retornaram a seus países de origem, enquanto seis escaparam do centro de detenção e trinta solicitaram asilo na Costa Rica. As autoridades locais informaram que as únicas opções eram retornar ou viajar para outro país que os aceitasse. O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, confirmou a colaboração com a agenda migratória dos Estados Unidos, citando a necessidade de evitar tarifas comerciais.
Human Rights Watch criticou a situação, afirmando que a Costa Rica comprometeu sua história de acolhimento de refugiados. A organização sugere que o país deve oferecer autorização de trabalho e assistência a todos os migrantes que desejam solicitar asilo.
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