Rússia e Ucrânia realizam a maior troca de prisioneiros da guerra até agora

A maior troca de prisioneiros de guerra entre Rússia e Ucrânia desde o início do conflito em 2022 teve início nesta sexta-feira, 23. O acordo, que envolve a liberação de mil detidos de cada lado, foi anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca mediar um diálogo entre as partes.

As listas de prisioneiros foram apresentadas por ambos os lados, com 390 ucranianos e 270 russos sendo os primeiros a serem libertados. O processo foi confirmado por militares de ambos os países, embora detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados. As trocas anteriores costumavam envolver apenas dezenas ou centenas de prisioneiros, geralmente mediadas por países como Turquia ou Emirados Árabes Unidos.

Negociações em Curso

Recentemente, houve um encontro em Istambul, que marcou a primeira reunião direta entre Rússia e Ucrânia desde 2022. Apesar de não ter resultado em um cessar-fogo, o chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmou que as negociações estão avançadas. Ele destacou que um acordo deve abordar questões como a integração da Ucrânia à Otan e o status das populações russófonas no leste ucraniano.

A sugestão de realizar a próxima rodada de negociações no Vaticano, feita por Trump após uma conversa com Putin, foi recebida com ceticismo por Lavrov. O chanceler considerou "deselegante" discutir questões entre países ortodoxos em solo católico. A proposta, no entanto, reflete a busca por um espaço neutro para o diálogo.

Continuação do Conflito

Enquanto as negociações prosseguem, a guerra continua. A Ucrânia realizou uma série de ataques com drones, resultando na derrubada de 1.458 aeronaves não tripuladas, segundo o Ministério da Defesa da Rússia. Em resposta, a Rússia lançou 12 ataques com mísseis e drones, conquistando vilas nas regiões de Sumi e Kharkiv.

A situação permanece tensa, com ambos os lados mantendo suas posições ao longo de uma linha de frente de aproximadamente mil quilômetros. O custo humano do conflito continua a aumentar, com a Ucrânia já tendo repatriado quase 10 mil corpos de soldados mortos desde o início da guerra.