Passageiros do metrô de Moscou passam por estátua de Iosif Stalin. (Foto: Pavel Bednyakov/Associated Press)

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Estátua de Stalin é reinaugurada em Moscou e gera polêmica entre russos - Estátua de Stalin é reinaugurada em Moscou e gera polêmica entre russos

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MOSCOU - Uma nova estátua de Iosif Stálin foi inaugurada em uma estação de metrô de Moscou, após quase seis décadas sem sua presença. A escultura, que retrata Stálin cercado por trabalhadores e crianças, rapidamente se tornou uma atração, com muitos cidadãos deixando flores e tirando fotos.

A estátua é uma réplica de uma peça removida em mil novecentos e sessenta e seis, durante uma campanha de desestalinização. O Kremlin tem promovido a reabilitação do legado de Stálin, buscando reformular a história da Rússia como uma sucessão de triunfos, especialmente em meio ao conflito na Ucrânia.

Entre os admiradores da nova escultura, Liliya A. Medvedeva expressou sua satisfação, afirmando que "vencemos a guerra graças a ele". No entanto, a reabilitação de Stálin gera reações mistas. Vladimir, um estudante de história, criticou a figura do ditador, chamando-o de "tirano sanguinário" e expressando sua preocupação com a repressão de opiniões divergentes.

A Nostalgia pela Era Soviética

A nostalgia pela era soviética é forte, especialmente entre as gerações mais velhas, que vivenciaram a transição para o capitalismo. Muitos veem Stálin como um líder forte que trouxe ordem e vitória contra a Alemanha nazista. Desde a ascensão de Vladimir Putin, mais de cento e oito monumentos a Stálin foram erguidos na Rússia, com um aumento significativo desde a invasão da Ucrânia em dois mil e vinte e dois.

O Kremlin, que já reconheceu os crimes de Stálin, agora enfrenta críticas por sua crescente reestalinização. Lev Shlosberg, político da oposição, alertou que essa tendência pode justificar atrocidades históricas e ameaçar o próprio governo. Recentemente, um cartaz de protesto foi removido rapidamente no metrô, destacando a repressão a vozes contrárias.

Mudanças na Memória Histórica

O Museu de História do Gulag, que expunha as atrocidades do regime stalinista, foi fechado em dois mil e vinte e quatro. A dissolução de organizações de direitos civis e a reescrita da história têm gerado preocupações sobre a preservação da memória das vítimas da repressão. A nova estátua de Stálin, portanto, simboliza não apenas a nostalgia, mas também um debate intenso sobre o legado de um dos líderes mais controversos da história russa.

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