Política

Rússia ordena retirada de livros de autores internacionais em nova onda de censura

Rússia intensifica censura e ordena a destruição de 37 livros, incluindo obras de autores renomados, sob alegações de ilegalidade.

O distribuidor de livros se recusou a falar com a BBC sobre a decisão de retirar os livros. (Foto: AFP)

O distribuidor de livros se recusou a falar com a BBC sobre a decisão de retirar os livros. (Foto: AFP)

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A Rússia intensificou a censura em sua cena literária, ordenando a retirada ou destruição de trinta e sete títulos, incluindo obras de Jeffery Eugenides e Bridget Collins. A medida foi anunciada por meio de uma carta enviada pela distribuidora Trading House BBM a livrarias, que devem cumprir a ordem imediatamente.

A lista de livros banidos inclui obras de autores renomados, como o filósofo esloveno Slavoj Zizek e o romancista japonês Ryu Murakami. A justificativa para a retirada é a suposta não conformidade com as leis russas, embora a carta não forneça detalhes específicos. Os livros abordam temas como sentimentos anti-guerra e LGBTQ, que têm sido alvo de crescente censura desde a invasão da Ucrânia.

Consequências da Censura

A carta da BBM alerta sobre "consequências adversas" caso as obras não sejam removidas das prateleiras. Livrarias devem cessar imediatamente as vendas e fornecer confirmação escrita da destruição dos exemplares. Um funcionário de uma das lojas que recebeu a notificação afirmou que não possui os títulos em estoque e expressou confusão sobre a escolha dos livros a serem banidos.

O editor da Ripol Classic, Sergei Makarenkov, sugeriu que a lista pode estar relacionada à lei anti-LGBT da Rússia, que foi ampliada desde o início do conflito na Ucrânia. Desde 2013, a promoção de "orientações sexuais não tradicionais" é proibida, e a legislação foi estendida para proibir a disseminação de "propaganda LGBT" para todas as idades.

Contexto Atual

A censura literária na Rússia se tornou uma prática comum, refletindo um clima de pânico moral no mercado. A situação se agrava com casos de editoras enfrentando processos judiciais, como o ocorrido com a Popcorn Books, que teve seus gerentes colocados sob prisão domiciliar. A repressão à liberdade de expressão continua a se intensificar, afetando a diversidade cultural e a liberdade artística no país.

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