Política

Colombianos buscam novos destinos na América do Sul devido a barreiras migratórias

Mudanças nas rotas de migração colombiana: aumento para Chile, Argentina e Brasil, enquanto EUA e México se tornam menos atrativos.

Passageiros fazem fila para embarcar em um voo internacional no Aeroporto El Dorado em Bogotá, em 1º de fevereiro de 2024. (Foto: NATHALIA ANGARITA)

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A migração colombiana apresenta novas tendências em 2025, com um aumento significativo de emigrantes rumo a países como Chile, Argentina e Brasil. Até 15 de maio, 145 mil colombianos deixaram o país, enquanto em 2024 o total foi de 314 mil. A mudança de rota ocorre devido a políticas restritivas nos Estados Unidos e no México, que têm dificultado a emigração.

O fluxo de colombianos para os EUA caiu drasticamente, com apenas 25 mil pessoas se mudando para lá neste ano, em comparação com 111 mil em 2021. A detenção de colombianos na fronteira com o México também atingiu o menor nível em quatro anos, com apenas 365 casos registrados em fevereiro. O México, que já foi um destino popular, viu a migração colombiana cair para pouco mais de 6 mil em 2025.

Novos Destinos

A busca por alternativas na América do Sul tem se intensificado. Dados da Migração da Colômbia indicam que o número de emigrantes para Chile, Argentina e Brasil já supera o total de 2024. Simon Tomasi, gerente regional do Mixed Migration Centre, destaca que muitos colombianos estão em busca de uma vida estável no sul, aproveitando acordos de livre movimento entre a Comunidade Andina e o Mercosul.

Entretanto, a migração também enfrenta desafios. Xenofobia e retórica anti-imigrante têm aumentado na região, associando a presença de migrantes à insegurança pública. Figuras políticas de direita, como Javier Milei na Argentina e José Antonio Kast no Chile, ecoam discursos semelhantes aos de Donald Trump, propondo medidas restritivas.

Motivos da Emigração

A violência e a insegurança continuam a ser fatores preponderantes na decisão de deixar a Colômbia. Uma pesquisa do Mixed Migration Centre revela que 62% dos migrantes citam esses motivos, enquanto 81% mencionam a insatisfação com a remuneração. Além disso, desastres naturais e mudanças climáticas, como a seca provocada pelo fenômeno El Niño, têm contribuído para o deslocamento interno e externo.

A migração colombiana, que persiste há mais de cinquenta anos, se intensificou após os acordos de paz de 2016 com a FARC. Apesar da redução do conflito armado, a presença de facções dissidentes e novos grupos armados ainda gera insegurança em várias regiões do país.

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