Política

Opositor venezuelano detalha fuga complexa da embaixada argentina para os EUA

Opositor venezuelano Pedro Urruchurtu relata fuga complexa do regime de Maduro para os EUA e critica falta de apoio do Brasil.

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Pedro Urruchurtu, opositor do regime de Nicolás Maduro, relatou a complexa fuga de um grupo de asilados na embaixada da Argentina em Caracas para os Estados Unidos. O episódio ocorreu após quatrocentos e doze dias de asilo, em meio a uma intensa repressão antes das eleições presidenciais de 2024.

Urruchurtu descreveu a operação como "muito complexa" e repleta de "momentos difíceis". Ele afirmou que a fuga aconteceu "debaixo dos olhos" do regime, que mantém vigilância rigorosa sobre a embaixada. O grupo, que incluía outros quatro opositores, decidiu arriscar suas vidas para escapar da situação de vulnerabilidade em que se encontravam.

A operação foi realizada em maio e contou com o apoio do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. O regime chavista, por sua vez, alegou que a retirada foi resultado de uma negociação, mas Urruchurtu desafiou essa afirmação, pedindo provas concretas. O grupo foi asilado em março de 2024, durante uma escalada de prisões que antecedeu as eleições de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor, apesar das denúncias de fraude.

Adaptação ao Exílio

Após a fuga, Urruchurtu e os demais asilados estão se adaptando à nova vida nos Estados Unidos. Ele relatou que os primeiros dias foram "muito esmagadores", após meses sem contato com o mundo exterior. O exílio, segundo ele, é uma forma de prisão e um processo complexo de adaptação emocional e mental.

O governo brasileiro, que tinha a custódia da embaixada argentina, tentou negociar a saída dos opositores, mas não obteve sucesso. Urruchurtu acredita que a presença da bandeira brasileira teve um efeito inibidor, mas criticou a falta de pressão mais contundente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao regime venezuelano.

Contexto Político

Recentemente, a Venezuela passou por eleições legislativas, onde o chavismo reafirmou seu controle sobre a Assembleia Nacional. Urruchurtu apoiou a estratégia de boicote da oposição, afirmando que a ausência nas urnas representa uma "força oculta muito poderosa". Ele destacou que, diante da falta de respeito aos resultados eleitorais, a participação em processos controlados pelo regime não faz sentido.

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