Coreia do Norte reflutua destróier após naufrágio em lançamento fracassado

A Coreia do Norte reflutuou com sucesso seu maior navio de guerra, um destróier de 5 mil toneladas, após um lançamento fracassado em maio. O incidente, que ocorreu na cidade de Chongjin, resultou em severas críticas do líder Kim Jong Un, que classificou o episódio como um "ato criminoso" e levou à prisão de altos oficiais.

O destróier foi reflutuado na quinta-feira e agora está atracado no píer, com planos de ser transferido para um estaleiro para reparos antes de uma reunião do Partido dos Trabalhadores. A informação foi divulgada pela agência estatal KCNA. Imagens de satélite mostram a embarcação equilibrada e flutuando no porto.

O processo de reflutuação foi manual, com trabalhadores utilizando amarras e balões de barragem para equilibrar o navio. Especialistas marítimos, no entanto, afirmam que a técnica utilizada foi incomum e que a Coreia do Norte pode carecer de equipamentos adequados, como guindastes de grande porte. O analista naval Nick Childs destacou que a marinha moderna não usaria balões para fornecer flutuabilidade a um navio submerso.

Kim Jong Un, que presenciou o naufrágio, atribuiu o fracasso a "absoluto descuido e irresponsabilidade". Quatro autoridades, incluindo Ri Hyong-son, vice-diretor do Departamento da Indústria de Munições, foram presas. O regime é conhecido por punir severamente funcionários considerados culpados de falhas.

O destróier, parte do ambicioso plano de modernização naval de Kim, foi batizado em abril e representa um marco na construção de embarcações de guerra pela Coreia do Norte. O incidente anterior, onde o navio tombou durante o lançamento, evidenciou a falta de experiência do país na construção de navios de grande porte.