Ativista brasileiro é detido por Israel durante missão humanitária a Gaza

Thiago Ávila, ativista brasileiro por justiça climática e cofundador do movimento Bem Viver, foi detido por Israel enquanto tentava levar ajuda humanitária a Gaza a bordo do barco Madleen. A interceptação ocorreu em águas internacionais no dia 9 de outubro, durante uma missão que incluía outros ativistas, como Greta Thunberg. O governo brasileiro já exigiu a libertação imediata da tripulação.

O barco, parte da Freedom Flotilla Coalition, transportava arroz e medicamentos para a população de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária. Thiago, que se recusa a assinar um documento de deportação, aguarda audiência judicial. A detenção de Ávila e outros ativistas gerou protestos e críticas à ação do governo israelense, que os acusou de provocação midiática.

Antes da detenção, Thiago publicou vídeos em suas redes sociais, alertando sobre um possível ataque israelense. Em uma gravação, ele afirmou que, se alguém estivesse assistindo ao vídeo, significava que ele havia sido detido. Sua esposa, Lara, fez um apelo público por apoio, destacando que eles têm uma filha de um ano.

Thiago Ávila, de 38 anos, é conhecido por seu trabalho em comunidades vulneráveis e sua luta contra despejos. Ele já foi preso em outras ocasiões por suas ações em defesa de direitos humanos e ambientais. O ativista é um dos principais nomes do ecossocialismo no Brasil e tem uma trajetória marcada por experiências em diversas missões humanitárias.

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, acompanha a situação de Ávila e busca garantir seus direitos. A pressão internacional sobre Israel aumenta, especialmente em relação à guerra em Gaza, que deixou a população em situação de insegurança alimentar. A missão do barco Madleen visa não apenas fornecer ajuda, mas também romper o cerco e chamar a atenção para a crise humanitária na região.