Troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia gera emoção e alívio nas famílias

A Rússia e a Ucrânia realizaram uma nova troca de prisioneiros de guerra nesta segunda-feira, 9, em meio ao conflito que se intensifica desde 2022. A operação, que ocorreu em Istambul, envolveu a repatriação de soldados feridos e menores de 25 anos, resultado de negociações entre as delegações dos dois países.

O acordo, que prevê a libertação de 1.200 prisioneiros, foi alcançado no início do mês. Apesar da troca, não houve avanços significativos rumo a um cessar-fogo, uma vez que as conversas não contaram com a presença dos presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin. O Ministério da Defesa da Ucrânia divulgou um vídeo emocionante mostrando os soldados retornando, muitos deles visivelmente emocionados e abraçando a bandeira nacional.

Após a libertação, os prisioneiros passaram por um hospital no norte da Ucrânia, onde receberam cuidados médicos e puderam se comunicar com suas famílias. O clima de expectativa foi palpável, especialmente entre os familiares que buscavam notícias de soldados desaparecidos. Oksana Kupriyenko, mãe de um soldado desaparecido, expressou sua esperança ao segurar uma foto do filho, que sumiu em setembro de 2024.

Novas Trocas Previstas

Embora o número exato de prisioneiros trocados não tenha sido divulgado, a Rússia afirmou que a mesma quantidade foi libertada de ambos os lados. Zelensky anunciou que novas trocas estão programadas para os próximos dias. O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, revelou que uma lista inicial de 640 prisioneiros foi enviada à Ucrânia, enquanto os soldados russos libertados foram levados para a Bielorrússia, onde receberam assistência.

As negociações em Istambul foram um esforço contínuo para facilitar a troca de prisioneiros, mas ainda não resultaram em um avanço significativo nas discussões de paz. Zelensky reiterou o compromisso de trazer todos os compatriotas de volta, destacando a importância das ações humanitárias em meio ao conflito.