29 de jun 2025


Irã manifesta desconfiança sobre compromisso de Israel com o cessar-fogo
Irã se prepara para retaliação após bombardeios israelenses, enquanto tensões nucleares aumentam com enriquecimento de urânio a 60%.

Chefe das Forças Armadas do Irã, major-general Abdolrahim Mousavi (Foto: Atta Kenare / AFP)
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O chefe das Forças Armadas do Irã, major-general Abdolrahim Mousavi, expressou dúvidas sobre a adesão de Israel ao cessar-fogo estabelecido na semana passada, após 12 dias de intensos combates. Mousavi afirmou que o Irã está preparado para responder com força a qualquer agressão, destacando que o país não iniciou a guerra, mas reagirá ao ataque.
O cessar-fogo foi mediado pelo Qatar e ocorreu após bombardeios israelenses que resultaram na morte de altos comandantes militares iranianos. Desde o início do conflito, em 13 de junho, o Irã retaliou com ataques a cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Jerusalém. O governo iraniano também pediu à ONU que responsabilize Israel e os Estados Unidos pela escalada da violência.
O número de mortos no Irã já ultrapassa 627, com cerca de 4.900 feridos, enquanto os ataques iranianos resultaram em 28 mortes em Israel. Recentemente, um ataque israelense a uma prisão em Teerã deixou 71 mortos, incluindo opositores e prisioneiros com dupla nacionalidade.
Tensão Internacional
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou que o Irã está enriquecendo urânio em níveis elevados, chegando a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo de 2015. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que o país reagirá com bombardeios se o Irã continuar a enriquecer urânio para fins nucleares.
O Irã rejeitou um pedido da AIEA para visitar as instalações bombardeadas, acusando a agência de ter más intenções. O embaixador iraniano na ONU negou que o país represente qualquer ameaça ao diretor da AIEA, desmentindo rumores sobre represálias. A situação permanece tensa, com o futuro do cessar-fogo e a escalada do conflito incertos.
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