Política

Primeiro-ministro da Hungria critica Marcha do Orgulho de Budapeste como 'vergonha'

Marcha do Orgulho em Budapeste reúne 200 mil pessoas, desafiando ameaças do governo e evidenciando crescente resistência aos retrocessos de Orbán.

Foi uma vergonha: Primeiro-ministro da Hungria condena Marcha do Orgulho de Budapeste (Foto: AFP)

Foi uma vergonha: Primeiro-ministro da Hungria condena Marcha do Orgulho de Budapeste (Foto: AFP)

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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, classificou a Marcha do Orgulho realizada em Budapeste no último sábado (28) como uma "vergonha". O evento, que desafiou uma proibição policial, atraiu cerca de 200 mil participantes, tornando-se um dos maiores protestos contra as políticas do governo desde a queda do comunismo.

A marcha ocorreu em um clima festivo, apesar das ameaças do governo de penalidades legais. Orbán, que está no poder desde 2010, tem promovido um retrocesso nos direitos da comunidade LGBTQIAPN+, justificando suas ações como uma forma de "proteger as crianças". Recentemente, o Parlamento húngaro aprovou uma legislação que proíbe manifestações que exponham menores à homossexualidade e à identidade transgênero.

Mobilização e Reações

Os organizadores da marcha estimaram que o evento foi um dos maiores da história da Hungria, com a participação de eurodeputados e apoio de trinta e três países. O governo, por sua vez, acusou a oposição de incitar a violação das leis e de zombar da soberania húngara. A comissária europeia da Igualdade, Hadja Lahbib, esteve presente para apoiar a comunidade LGBTQIAPN+, destacando a importância do evento.

As autoridades húngaras instalaram câmeras com reconhecimento facial ao longo do trajeto da marcha. O governo advertiu que os participantes poderiam enfrentar multas de até 500 euros e até um ano de prisão para os organizadores. Apesar das ameaças, a multidão se mostrou determinada a desafiar a proibição, simbolizando uma resistência crescente contra as políticas de Orbán.

Contexto Político

A nova legislação e as ações do governo têm gerado preocupações na União Europeia, onde os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ estão sob constante vigilância. A presidente da Marcha de Budapeste, Viktoria Radvanyi, expressou receio de que a proibição da marcha possa desencadear um efeito dominó em outros países da região, onde os direitos LGBTQIAPN+ são igualmente frágeis.

Enquanto isso, grupos de extrema direita realizaram contramanifestações, autorizadas pelo governo, ao longo do trajeto da marcha. A situação em Budapeste reflete um clima de tensão e polarização, com a comunidade LGBTQIAPN+ lutando por seus direitos em um cenário cada vez mais hostil.

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