Imagens de satélite mostram obras na instalação nuclear de Fordow, no Irã

Novas imagens de satélite revelam que o Irã está realizando reparos na usina de enriquecimento nuclear de Fordow, após os ataques aéreos dos Estados Unidos em 21 de junho. Os bombardeiros B-2 lançaram mais de uma dúzia de bombas nas instalações nucleares, incluindo Natanz. As fotos, divulgadas pela Maxar Technologies, mostram atividade intensa nos locais atingidos, com escavadeiras e funcionários trabalhando nas áreas danificadas.

O chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, confirmou que as bombas Massive Ordnance Penetrator (MOP) foram direcionadas para penetrar no poço principal da usina, visando o complexo subterrâneo. O ex-inspetor nuclear David Albright, do Instituto de Ciência e Segurança Internacional, destacou que os iranianos estão trabalhando ativamente nos locais de impacto, possivelmente realizando avaliações de danos e coletando amostras radiológicas.

Avaliações de Danos

Albright observou que as crateras resultantes dos ataques permanecem abertas, mas os iranianos já iniciaram reparos na estrada de entrada principal. Apesar disso, não há indícios de que as entradas dos túneis estejam sendo reabertas. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os ataques não causaram danos significativos ao programa nuclear iraniano, permitindo que Teerã reinicie o enriquecimento de urânio em meses.

Os comentários de Grossi contrastam com as declarações do presidente americano, Donald Trump, que alegou que os ataques atrasaram as ambições nucleares do Irã por décadas. A avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono sugere que os ataques não destruíram componentes essenciais do programa nuclear iraniano, mas apenas o atrasaram temporariamente.

Potencial de Reação

Trump, por sua vez, insistiu que o programa nuclear do Irã foi "completamente destruído" e não descartou a possibilidade de novos bombardeios se a inteligência indicar que o país poderia enriquecer urânio a níveis preocupantes. A situação permanece tensa, com o Irã demonstrando resiliência em suas operações nucleares, mesmo após os ataques.