Política

EUA atrasam programa nuclear do Irã em até dois anos, segundo Pentágono

Ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã atrasam programa nuclear em até dois anos, segundo nova avaliação do Pentágono.

Vista aérea da instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Satellite image ©2025 Maxar Technologies / AFP

Vista aérea da instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Satellite image ©2025 Maxar Technologies / AFP

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A avaliação do Pentágono indica que os ataques aéreos dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã, realizados em 21 de junho, atrasaram o programa nuclear iraniano em pelo menos um ou dois anos. Essa nova estimativa contrasta com a avaliação anterior da Agência de Inteligência de Defesa (DIA), que previa um atraso de apenas alguns meses.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou que os bombardeios em locais como Fordow, Natanz e Isfahã resultaram em um impacto significativo no programa nuclear. Parnell declarou que as avaliações de inteligência sugerem que o atraso deve se aproximar de dois anos. Desde o ataque, o presidente Donald Trump tem enfatizado que o programa nuclear do Irã foi "completamente obliterado".

Fontes do Financial Times revelaram que o estoque de 408 kg de urânio enriquecido a níveis próximos ao militar não estava concentrado em Fordow durante os ataques, mas distribuído em vários locais. Essa informação levanta dúvidas sobre a afirmação de Trump, que insistiu que nada foi retirado da instalação. O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, também criticou a retórica de Trump, afirmando que ele "exagerou" o impacto dos ataques.

Reações e Consequências

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, foi menos categórico que Trump, afirmando não ter conhecimento sobre a localização do urânio. Imagens de satélite antes do ataque mostraram caminhões próximos a Fordow, sugerindo movimentação de material. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, confirmou que o programa nuclear iraniano sofreu "danos enormes", mas considerou exageradas as alegações de destruição total.

Após os ataques, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, reconheceu que as instalações nucleares foram "muito danificadas". Grossi também mencionou que o Irã havia notificado a AIEA sobre medidas para proteger seus equipamentos nucleares antes do ataque. Khamenei, em uma declaração recente, celebrou a "vitória" do Irã sobre Israel, afirmando que os EUA "não ganharam nada".

Trump, em sua plataforma Truth Social, descreveu os ataques como um "sucesso" e agradeceu ao apoio de Israel, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu elogiando a ação como um ponto de inflexão histórico. As tensões entre os EUA e o Irã continuam a crescer, com implicações significativas para a segurança no Oriente Médio.

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