06 de jul 2025

Brics planejam desenvolver cabos submarinos próprios para comunicação global
Brics inicia estudo para rede de cabos submarinos, visando autonomia na troca de dados e avanço em inteligência artificial.

Líderes do Brics discutem criação de rede própria de dados com cabos submarinos para aumentar a soberania digital entre os países do bloco (Foto: Pablo Porciúncula/AFP)
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Os países do Brics, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros, decidiram realizar um estudo de viabilidade para a construção de uma rede de cabos submarinos de alta velocidade. A decisão foi tomada durante a 17ª Reunião de Cúpula, que ocorre no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de novembro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que essa iniciativa visa aumentar a velocidade, segurança e soberania na troca de dados entre os países membros. O estudo é considerado o primeiro passo para desenvolver a infraestrutura necessária para o compartilhamento de dados e a evolução de tecnologias como a inteligência artificial (IA).
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos, informou que o projeto será financiado pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics. Santos enfatizou que a atual infraestrutura de cabos de fibra óptica é dominada por países do Norte Global, e a criação de uma rede própria é essencial para garantir que os dados sejam controlados pelos países do Brics.
Importância da Infraestrutura
Os cabos submarinos são fundamentais para a comunicação global, permitindo a transmissão de dados em larga escala. A maior parte desses cabos é de propriedade de nações como Estados Unidos, França e Japão. Santos afirmou que, em um mundo cada vez mais data-driven, é crucial que os países do Brics tenham sua própria rede para garantir a soberania dos dados.
Na Declaração Final da cúpula, os países do Brics manifestaram apoio à proposta brasileira, prevendo a discussão do estudo em 2025. Além disso, foi aprovado um documento sobre Governança Global da Inteligência Artificial, que visa alinhar as iniciativas de IA com as necessidades dos países membros.
Atualmente, o Brasil conta com 11 centros de competência em IA, que buscam desenvolver soluções para áreas como saúde e educação. Santos ressaltou que a inteligência artificial deve ser dominada e utilizada de forma ética, evitando usos indevidos que possam comprometer a democracia e os direitos humanos.
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