09 de jul 2025
Grécia suspende pedidos de asilo para migrantes da África do Norte
Grécia suspende pedidos de asilo de migrantes da África do Norte por três meses, após aumento de 350% nas chegadas e pressões logísticas.

A Creta teve um aumento de 350% nas chegadas de migrantes desde o início do ano - Foto: Getty Images
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A Grécia anunciou a suspensão da análise de pedidos de asilo de migrantes da África do Norte por três meses, em resposta a um aumento de 350% nas chegadas. O primeiro-ministro conservador Kyriakos Mitsotakis afirmou que novos arrivados serão detidos e que a medida visa enviar uma mensagem clara aos traficantes de que suas operações podem ser frustradas. Ele destacou que a situação de emergência exige respostas imediatas.
Nos últimos dias, mais de 2.000 migrantes desembarcaram na ilha de Creta, elevando o total de chegadas desde o início de 2025 para 9.000. O presidente da Associação de Pessoal da Guarda Costeira de Creta, Vasilis Katsikandarakis, expressou preocupação, afirmando que a imigração está "sufocando" as autoridades locais. O governo grego enfrenta dificuldades logísticas, com muitos migrantes sendo alojados temporariamente em um mercado, incluindo famílias com crianças.
Medidas e Reações
O governo grego planeja apresentar um projeto de lei ao parlamento para formalizar as novas diretrizes. O ministro da Migração, Thanos Plevris, reiterou que a mensagem é clara: "fiquem onde estão, não os aceitamos". A situação se agrava com a pressão sobre a infraestrutura de acolhimento, que não consegue atender ao fluxo crescente de migrantes.
Recentemente, ministros de Grécia, Itália e Malta tentaram discutir a crise migratória na Líbia, mas foram impedidos de entrar no país. Mitsotakis afirmou que o exército grego está preparado para colaborar com as autoridades líbias para impedir a saída de embarcações. Organizações não governamentais criticam os esforços da Europa para firmar acordos com a Líbia, destacando as condições desumanas enfrentadas por migrantes em campos de detenção. A Anistia Internacional condenou a abordagem europeia, ressaltando a falta de respeito pela dignidade dos migrantes.
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