09 de jul 2025
Site pró-Israel identifica estudantes protestantes para investigação, diz oficial da ICE
Oficial da ICE confirma que investigações de estudantes pró Palestina se baseiam em lista do Canary Mission, levantando questões legais.

Foto: Reprodução
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Um oficial da Imigração e Controle de Fronteiras dos EUA (ICE) revelou em tribunal que a maioria dos nomes de estudantes investigados pela agência foi retirada do site Canary Mission, que visa criar listas negras de indivíduos pró-Palestina. A declaração ocorreu durante um julgamento em Boston sobre a política de deportação ideológica da administração Trump, que, segundo professores universitários, tem restringido a liberdade de expressão política.
O oficial Peter Hatch, da divisão de Investigações de Segurança Nacional do ICE, afirmou que, em março, recebeu uma lista de nomes para investigação, sendo que mais de 75% deles provinham do Canary Mission. Este site, que se autodenomina um monitor de indivíduos que promovem ódio contra os EUA, Israel e judeus, também documenta aqueles que apoiam boicotes a Israel. Hatch mencionou que a lista continha mais de 5.000 nomes, que foram analisados por sua equipe.
A criação de uma equipe chamada "Tiger Team" foi uma resposta ao aumento da carga de trabalho, com analistas sendo deslocados de áreas como contraterrosmo e crimes cibernéticos para investigar protestos estudantis. Hatch destacou que, embora o Canary Mission tenha sido uma fonte significativa, sua equipe não aceitou as informações do site sem verificação, realizando investigações próprias sobre os indivíduos listados.
O julgamento busca esclarecer se uma política de deportação ideológica realmente existe e se ela é legal. A prática de usar informações de um site de terceiros para investigar estudantes levanta sérias questões sobre a legalidade e a ética dessa abordagem, especialmente em relação à liberdade de expressão no ambiente acadêmico.
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